O CRESCER continua a dar a conhecer os textos dos alunos do 10ºA que foram publicados no jornal PÚBLICO. São onze. Já vamos em seis. Um por dia...
Uma geração inteira
que grita por soluções
São 8h30 da manhã e acordei com o meu despertador a
tocar. Olho pela janela e preparo-me para mais um dia. Sei que vai ser apenas
mais um, igual aos outros, a mesma rotina. Sinto um vazio gigante… nas ruas, não
vejo ninguém, nenhum ser vivo, sinto-me sozinha.
Há algumas décadas, a utilização de combustíveis fósseis e de transformações de ecossistemas para a exploração agrícola/pecuária intensiva produziram alterações climáticas com consequências muito graves. Algumas espécies vegetais e animais extinguiram-se face às alterações do clima e do seu habitat.
desenho de Bruno Miguel, aluno de 12º ano, Ermesinde
Devido à subida do nível das águas dos oceanos, as
populações costeiras abandonaram as suas casas e algumas ilhas desapareceram.
As secas prolongadas provocaram a desertificação de algumas regiões do planeta. As
chuvas torrenciais, as ondas de calor, os tornados e outros fenómenos
meteorológicos extremos levaram à migração de milhares de pessoas. O problema
dos refugiados ambientais é agora muito difícil de resolver. E agora? Vivemos
com extremas dificuldades. Não se quiseram preocupar as pessoas do passado com
coisas que poderiam acontecer no futuro…
Mas, a geração do futuro sofreu as consequências do
mal que fizeram ao planeta e, embora os espíritos mais inquietos e razoáveis
tenham obrigado os governantes a tomarem algumas medidas ecológicas, estas
revelaram-se insuficientes.
Nos últimos cinco anos, a evolução científica e
tecnológica permitiu que os combustíveis fósseis fossem praticamente
substituídos. As reservas de petróleo estão praticamente esgotadas, levando a
que fossem produzidos carros elétricos. A utilização de energias renováveis está generalizada por todo o globo.
Os robôs tornaram-se uma prática comum, são eles que nos atendem nos
restaurantes, são rececionistas nas empresas e outras instituições, aspiraram
as nossas casas. Na atualidade, estão a estudar um robô enfermeiro/médico. E
sim, continua a haver plásticos, mas produzidos apenas a partir de
matérias-primas biológicas renováveis.
Todas estas medidas têm ajudado a que as temperaturas se mantenham estáveis em
consequência da diminuição da produção dos gases de efeitos de estufa (GEE).
Tudo isto dá-me esperança e faz-me acreditar que nada está perdido e que daqui
para a frente encontraremos sempre medidas que nos ajudarão a nós e ao planeta.
Agora não são apenas alguns espíritos inquietos, é uma
inteira geração que grita por soluções e exige mudanças!
Ana Silva, 10º A
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