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terça-feira, 22 de novembro de 2022

saúde: a epidemia da miopia


Um terço dos europeus é míope, mas, entre os jovens, sempre agarrados ao telemóvel, a percentagem sobe para os 50% – e há regiões do planeta onde chega aos 80%. A falta de exposição solar e a utilização excessiva da visão de perto vão contra a nossa biologia. A boa notícia é que há tratamentos para retardar o avanço da doença.
Ema Alves, 12 anos, não sabia que era míope. Foi durante uma consulta de rotina, quando a oftalmologista lhe tapou um dos olhos e lhe pediu para dizer as letras do quadro, que ela lançou um “Não vejo nada”, recorda a mãe, Maria João Rodrigues. Por ter 0,25 dioptrias no olho direito e 1,25 no olho esquerdo, nunca notou que via mal ao longe – um equilibrava o outro. Nem quando usava a máquina fotográfica do pai, utilizando o olho esquerdo para focar, se apercebeu. Porquê? Porque usava as dioptrias da máquina (as boas máquinas fotográficas permitem acrescentar dioptrias às lentes) que o pai tinha posto, porque também ele é míope.
Há dois meses que esta aluna do 7º ano da Escola de São Julião da Barra, em Oeiras, usa óculos. Ema já estava à espera de, um dia, vir a ter miopia. Sempre viu o pai e a avó paterna de óculos e já lhe tinham dito que a genética tem influência. Mas não esperava que fossem uns óculos especiais. Explique-se: a adolescente usa lentes de desfocagem periférica, uma novidade para retardar o avanço da miopia.
A frequência dos casos de miopia está aumentando em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) até 2020, 35% da população será míope e em 2050, este número passará de 50%. Atualmente, em países do sudoeste asiático, cerca de 90% da população já é míope. @ Sapo

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