Foram apresentadas, esta quarta-feira, as conclusões dos Censos 2021 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), numa conferência de imprensa que contou com a presença de ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva. Conheça as principais conclusões:
Portugal registou um decréscimo populacional de 2,1%, e acentuaram-se os desequilíbrios na distribuição da população pelo território.
Segundo os Resultados Defnitivos dos Censos 2021, residiam em Portugal à data do momento censitário, dia 19 de abril de 2021, 10 343 066 pessoas (4 920 220 homens e 5 422 846 mulheres), o que representa um decréscimo de 2,1% face a 2011. Este valor traduz uma inversão na tendência de crescimento da população a que se assistia nas últimas décadas e representa a segunda quebra populacional registada desde 1864, ano em que se realizou o I Recenseamento Geral da População.
Em termos de série censitária, Portugal apenas tinha registado uma redução do seu efetivo populacional nos Censos de 1970, como resultado da elevada emigração verificada na década de 60. Na última década, a região do Algarve (3,6%) e a Área Metropolitana de Lisboa (1,7%) registaram um crescimento populacional. Nas restantes regiões decresceu o efetivo populacional, com o Alentejo (-7,0%) e a Região Autónoma da Madeira (-6,4%) a observarem as descidas mais significativas.
O padrão de litoralização do país e de concentração da população junto da capital foram reforçados na última década. Cerca de 20% da população do país concentra-se nos 7 municípios mais populosos que abrange uma área de apenas 1,1% do território. No outro extremo, representando também cerca de 20% da população, temos os 208 municípios menos povoados e que ocupam 65,8% da área do país.
Agravou-se o envelhecimento da população: reduziu-se a população jovem e aumentou a população idosa
A baixa natalidade e o aumento da longevidade que se verificou nas últimas décadas refletem-se na pirâmide etária correspondente aos Censos 2021 que, de 2011 para 2021, evidencia um estreitamento dos grupos etários da base e um alargamento nas idades mais avançadas.
Entre 2011 e 2021, em todos os escalões etários até aos 39 anos, assistiu-se a um decréscimo da população, com particular incidência no grupo dos 30 aos 39 anos. Em contrapartida, todos os grupos etários acima dos 44 anos aumentaram a sua importância relativa.
Em 2021, a percentagem de população idosa (65 e mais anos) representava 23,4% enquanto a de jovens (0-14 anos) era de apenas 12,9%. Segundo os Censos 2021, a relação de masculinidade é de 91 homens por 100 mulheres. O número de homens é superior ao das mulheres nas idades até aos 30 anos, invertendo-se o rácio a partir dessa idade. Nas idades mais avançadas, o número de mulheres é claramente superior aos dos homens, reflexo dos maiores níveis de mortalidade da população masculina.
Nos últimos 10 anos aumentou a importância relativa da população divorciada
Os Censos 2021 indicam que cerca de 43,5% da população residente em Portugal era solteira. O grupo da população com estado civil casado representa 41,0% sendo que as restantes categorias do estado civil, divorciado e viúvo, correspondiam a 8,0 % e 7,5%. Face a 2011, as alterações mais significativas são a perda de importância relativa da população casada (em 2,1 pontos percentuais (p.p.), a par do reforço da população divorciada (2,0 p.p.). A população divorciada passa a ser superior ao valor da população com estado civil viúvo. @ Sapo
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