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terça-feira, 30 de abril de 2024

educação: I Festival de Leitura da Maia

Decorreu ontem. na Biblioteca Municipal, o I Festival de Leitura da Maia que envolveu alunos de todos os níveis de ensino dos agrupamentos de escolas do concelho.

Do nosso agrupamento participaram 14 alunos  que se envolveram com empenho e entusiasmo.

No período da manhã realizaram uma prova escrita, a partir das obras lidas e assistiram a um espetáculo sobre o 25 de abril levado a cabo pela autora Cândida da Luz.

Após o almoço, oito dos nossos alunos foram informados do seu apuramento para a prova oral.

Seguiu-se então o momento das provas orais em que cada aluno selecionou um excerto do livro que leu e respondeu de forma surpreendente às questões do júri.

A argumentação, a expressividade na leitura e a postura corporal foram alguns dos critérios utilizados pelos membros do júri para selecionar os vencedores.

Em cada nível de ensino, foram apurados 3 vencedores e ao nosso agrupamento foram atribuídos  prémios a cinco brilhantes vencedores:

1.º ciclo - Maria Inês Rosa   (EB1 de Pícua) e Sara  Cunha (EB1 de Corim)

2.º ciclo - Tiago Martinez (6.ºB)

secundário - Beatriz Martins  (10.ºB) e Ana Jorge Ferreira (12.ºH)


Parabéns a todos os participantes e um agradecimento especial a todos os alunos e professores que se  envolveram nesta atividade de promoção da leitura. É desta forma que se enriquece o programa de leitura do nosso agrupamento e  se fortalecem as competências leitoras e sociais dos discentes.

cortesia (texto e fotos) de Rosa Pinelo, docente coordenadora da Biblioaescas

JI da Pícua: "o nosso recreio"

Este fim de semana, o nosso Jardim de Infância foi povoado por Fadas e Elfos que pintaram o recreio com as cores do arco íris. A horta ficou cheia de sementinhas, a cozinha de lama a funcionar e o sorriso dos Meninos na segunda feira foi de encantar.









Um imenso muito obrigado às Fadas e Elfos que com todo o carinho, deixaram o nosso recreio cheio de luz. (Obrigado, pais/E.E. do Jardim de Infância da Pícua!).

cortesia (texto e fotos) de Paula Ferreira, Educadora de Infância

escola sede: vencedores do "Torneio da Liberdade – Badminton" 24 de abril de 2024


O "Torneio da Liberdade - Badminton" decorreu no dia 24 de abril, como aqui anunciado.

Participaram um total de 172 alunos dos 7.º, 8.º e 9.º anos.

As classificações distribuíram-se da seguinte forma:



7.º Ano Feminino


1ª. Classificada

Gabriela Tavares 7.ºH

2ª. Classificada

Joana santos 7.ºH

3ª. Classificada

Maria Lopes 7.ºB/ Luana Barbosa 7.ºH



7.º Ano Masculino


1ª. Classificado

Guilherme Pinto  7.ºH

2ª. Classificado

Márcio Mesquita 7.ºD

3ª. Classificado

MaKsim Fletsan 7.ºA / Tomás Costa 7.ºF



8.º Ano Feminino


1ª. Classificada

Mariana Martins 8.ºA

2ª. Classificada

Alexandra Pinto 8.ºG

3ª. Classificada

Letícia Vieira 8.ºH



8.º Ano Masculino


1ª. Classificado

Zabdi Rosa 8.ºE

2ª. Classificado

Martim Moreira 8.ºG

3ª. Classificado

Bernardo Almeida 8.ºG/ Fábio Gomes 8.ºI



9.º Ano Feminino


1ª. Classificada

Matilde Ribero 9.ºA

2ª. Classificada

Ana Júlia 9.ºA

3ª. Classificada

Ana Resende 9.ºA  / Leonor Evangelista 9.ºA 



9.º Ano Masculino


1ª. Classificado

Guilherme Ferreira 9.ºH

2ª. Classificado

Sérgio Oliveira 9.ºE

3ª. Classificado

Filipe Pinto 9.ºA / Lucas Pinto 9.ºE



Contou-se ainda com a colaboração de alunos dos 12.º. 11.º, 10.º e 8.º. anos, que desenvolveram papéis na arbitragem, nas mesas, e na mesa da organização, ajudando na organização do evento e sem os quais não teria sido possível o desenrolar do mesmo. Em nome da organização, a todos o nosso agradecimento, pela excelente e responsável participação. Contamos ainda com a Colaboração da Associação de Pais, que forneceu os prémios atribuídos aos primeiros e segundos lugares (adquirindo raquetes de badminton que servem, também, de estímulo para a prática desta modalidade, tendo demonstrado vontade de assistir ao evento e de entregar prémios no final desta.

A colaboração dos elementos do grupo de Educação Física e a presença do Senhor Diretor do Agrupamento na entrega de prémios revelaram-se de maior importância para todos os participantes.


A Todos, o nosso obrigada!


P’la equipa organizadora,

Sara Clavel, docente de Educação Física

EB1/JI de Corim: 50 anos do 25 de abril


A Escola de Corim, realizou no passado dia 24, um “Cravo Humano”, para comemorar os 50 anos do 25 de Abril de 1974 e assim celebrar a Democracia em Portugal.

Toda a comunidade Escolar participou empenhando-se nesta, tão importante, iniciativa.

Contámos com a honrosa presença do Dr. Paulo Gonçalves e do Dr. Miguel dos Santos, em representação das autarquias locais, Câmara Municipal e Junta de Freguesia respetivamente. Tivemos ainda o privilégio de ter presente o Sr. Diretor do Agrupamento de Escolas de Águas Santas, Dr. Manuel Ferreira, que assistiu com muito orgulho à nossa comemoração.

O "Cravo Humano" foi filmado por um drone. Aqui fica o link para poderem ver o vídeo:

https://drive.google.com/file/d/19saMjrzUWBw7AAfFzlvjcOvkdlawb16v/view?usp=drive_link

cortesia de Cristina Falcão, docente do 1.º ciclo

educação: especialistas defendem que proibir telemóveis nas escolas sem ouvir alunos não é solução

A polémica levantada pelo tema levou o Ministério da Educação a pedir, no ano passado, um parecer ao Conselho de Escolas, que considerou que a solução para responder aos impactos negativos do uso dos telemóveis em contexto escolar não passa por proibir a sua utilização, mas defendeu que devem ser os próprios agrupamentos a decidir.

A proibição dos telemóveis nas escolas sem ouvir os alunos é criticada por alguns especialistas, que defendem que os jovens podem ajudar a encontrar as melhores soluções para os manter ligados tanto à escola como à internet.

Em declarações à agência Lusa a propósito da Semana do Bem-Estar Digital, que arranca na segunda-feira, o especialista em uso de tecnologias de informação por crianças e jovens e fundador do projeto MiudosSegurosNa.Net, Tito de Morais, considerou que o melhor é sempre ouvir os jovens primeiro, antes de qualquer decisão, até para os responsabilizar e levar a cumprir a decisão.

Também Cristiane Miranda, que tem mais de 20 anos de experiência nesta área e é mentora do projeto Teen On Top – Coaching para Jovens, defende: “achamos que [proibir] não é melhor solução”.

“Não é a melhor solução dizer que o Estado tem de vir regulamentar e proibir pura e simplesmente o uso do telemóvel nas escolas”, afirmou a especialista, acrescentando: “quando vamos às escolas e falamos com os alunos, eles têm muito para dizer e têm soluções”.

E explica: “Cada escola é soberana para decidir o que deve fazer, mas ouvindo todos os intervenientes, desde os professores, pessoal docente, pessoal não docente e os próprios alunos e ver quais são as melhores soluções”.

A especialista contou ainda uma das conversas com um dos jovens de uma escola que o projeto visitou. “Perguntámos se devia ser proibido e o jovem respondeu: ‘depende do tempo. Quando está sol, podemos estar lá fora, correr, jogar à bola e fazer outras coisas, mas quando chove temos de ficar dentro do pavilhão e não podemos falar, temos de ficar aqui sentados e ninguém nos deixa fazer nada e aí temos de usar os telemóveis’”.

Insiste que, quando os jovens são envolvidos na solução, “aceitam-na melhor e aderem para cumpri-la”.

Além disso, afirma, “se apenas proibirmos também não os ensinamos a usar bem estas tecnologias”.

Este tema vai ser alvo de discussão na conferência internacional que decorre nos dias 03 e 04 de maio na Fundação Cupertino de Miranda (Porto), no âmbito da Semana do Bem-Estar Digital (https://www.bemestardigital.pt).

O debate sobre o uso dos telemóveis nas escolas contará com a presença de representantes da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), da Confederação Nacional das Associações de Pais e da autora de Mónica Pereira, autora de uma petição que pede o fim dos telemóveis nos recreios do 5.º e do 6.º ano e que já foi assinada por mais de 22 mil pessoas.

Uma escola de Lourosa, em Santa Maria da Feira, foi a primeira do país a proibir o uso de telemóveis em todo o recinto, há sete anos. Desde então, a limitação já se estendeu a outras, como, por exemplo, a Escola Básica EB 2,3 General Serpa Pinto, em Cinfães, no distrito de Viseu, as escolas básicas do Alto de Algés e de Miraflores, ambas em Oeiras, os agrupamentos de escolas Gil Vicente (Lisboa) e Infanta D. Mafalda (Gondomar), além agrupamentos de escolas de Almeirim (Santarém).

A polémica levantada pelo tema levou o Ministério da Educação a pedir, no ano passado, um parecer ao Conselho de Escolas, que considerou que a solução para responder aos impactos negativos do uso dos telemóveis em contexto escolar não passa por proibir a sua utilização, mas defendeu que devem ser os próprios agrupamentos a decidir.

Apesar dos impactos negativos e das “questões complexas de disciplina, designadamente a captação indevida de imagens ou o cyberbullying” que se levantam com o uso generalizado dos telemóveis, sobretudo a partir do 2.º ciclo, os diretores sublinham que existem, por outro lado, aspetos positivos.

Em sala de aula, afirmam, os ‘smartphones’ podem constituir “recursos ao dispor de alunos e professores para favorecer as aprendizagens” e permitem “potenciar o desenvolvimento de competências essenciais de acordo com o Perfil dos Aluno. Fonte: Sapo

divulgação: 7 de maio, Webinar "A Literacia em Saúde no Pré-Escolar e 1.º ciclo - Dermatite Atópica e Doenças Raras"

O próximo webinar vem apresentar um projeto educativo do Programa de Literacia em Saúde da Sanofi Portugal, projeto esse que a DGE tem vindo a colaborar. Este programa aborda várias doenças, como a Dermatite Atópica, a Asma e diversas Doenças Raras.

dermatite atópica

Neste caso concreto, o Programa é essencialmente dirigido à Educação Pré-Escolar e ao 1.º Ciclo do Ensino Básico.

 

O  webinar A Literacia em Saúde no Pré-Escolar e 1.º ciclo: Dermatite Atópica e Doenças, realizar-se-á no próximo dia 7 de maio, entre as 18:00 e as 19:00.

 

A inscrição no zoom realiza-se através do link  https://dge-me-pt.zoom.us/webinar/register/WN_-D2gAJqOTquYtWQgXaFn2w#/registration

 

 

Agradecemos que só se inscreva se realmente puder assistir, para evitar privar outros/as colegas de assistir pelo zoom.

cortesia de Ana Magalhães, coordenadora PES

50 anos de abril: Vhils homenageia Salgueiro Maia e Alfredo Cunha

Alexandre Vhils, a partir de uma fotografia de Alfredo Cunha, homenageou o Capitão Salgueiro Maia, em Castelo de Vide. A escultura em betão, com dimensões de 2,5m por 2,5m, é uma representação inspirada numa fotografia emblemática de Alfredo Cunha.

escultura em betão de Salgueiro Maia, em Castelo de Vide


Alfredo Cunha, o fotojornalista autor de imagens icónicas relacionadas com o 25 de Abril (acima referido), foi, neste domingo, homenageado na Amadora. Uma das fotografias que captou está agora eternizada num painel de azulejos feito igualmente por Vhils, no edifício da Câmara Municipal.

painel de azulejos de homem fotografado por Alfredo Cunha, na Amadora

segunda-feira, 29 de abril de 2024

escola sede: 50 anos do 25 de abril - "Livres de Voar"

A canção "Somos Livres", de Ermelinda Duarte, serviu de mote para um conjunto de trabalhos realizados pelos alunos do secundário das turmas de artes da nossa escola. No seguimento das comemorações dos 50 anos do 25 de abril, apresenta-se mais um trabalho, desta feita realizado pelos alunos da turma 12.ºG. 


Mais trabalhos no Blogartes.

cortesia de José Alberto Matos, docente de Artes Visuais

50 anos do 25 de abril: carta de Catarina a seu pai, Capitão Salgueiro Maia

Centenas de pessoas participaram no dia 25 de abril na já tradicional homenagem junto à estátua de Salgueiro Maia, no Jardim dos Cravos, na saída de Santarém pela Estrada Nacional 3, a mesma por onde saiu a coluna que em 1974 seguiu de Santarém para Lisboa para derrubar a ditadura.

Catarina Salgueiro Maia escreveu uma carta ao Capitão de Abril, seu pai. 

“Hoje, na tua estátua, celebramos esses 50 anos com orgulho! Orgulho do que tu e os teus companheiros e amigos conseguiram. Orgulho de não se deixarem acomodar! Orgulho de terem permitido que o nosso País voltasse a entrar no mapa do mundo! Sabes, meu rei, tenho o maior orgulho em ti! Tenho o maior orgulho de poder celebrar a liberdade e saber que fizeste parte dela! Tenho o maior orgulho de ser tua filha! Saber que saíste naquela madrugada rumo ao incerto, mas com a certeza que não poderias continuar a ver o estado a que isto chegou! Hoje, 50 anos depois, ainda falta cumprir tanto! 50 anos depois, ainda falta lutar tanto! Mas acredito, meu pai, que a semente que vocês lançaram naquele dia, dará frutos eternamente.” Fonte: Rede Regional

atualidade: semana do Bem-Estar Digital arranca para alertar para os perigos da net e redes sociais

A 2.ª edição da iniciativa decorre a nível mundial até 4 de maio e em Portugal estão previstas iniciativas dinamizadas pelas entidades aderentes, como a divulgação de recursos sobre como famílias, escolas e comunidades podem melhorar o bem-estar digital, um ‘site’ dedicado ao tema e uma conferência internacional, na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto.

Uma conferência internacional sobre a prevenção e combate à violência sexual online contra crianças e jovens e o uso excessivo e problemático de ecrãs é o ponto alto da Semana do Bem-Estar Digital, que arranca hoje.

Organizada no âmbito do projeto Agarrados à Net, que promove o bem-estar digital de crianças, jovens e adultos, prevenindo e combatendo o bullying e o cyberbullying, assim como a violência sexual com base em imagens e os impactos negativos das redes sociais na imagem corporal, a Semana do Bem-Estar Digital visa sensibilizar para o tema, colocando-o na agenda pública nacional.

A 2.ª edição da iniciativa decorre a nível mundial até 4 de maio e em Portugal estão previstas iniciativas dinamizadas pelas entidades aderentes, como a divulgação de recursos sobre como famílias, escolas e comunidades podem melhorar o bem-estar digital, um ‘site’ dedicado ao tema e uma conferência internacional, na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto.

Na conferência, que decorre a 3 e 4 de maio, serão debatidos temas como o Aliciamento sexual – sexting e extorsão sexual online de crianças e jovensPartilha não consentida de conteúdos íntimos: violência sexual baseada em imagensInteligência Artificial e Abuso e Exploração Sexual de Crianças e JovensComo o Google e o YouTube combatem o abuso sexual de crianças onlineOs impactos dos ecrãs no desenvolvimento da criança e do adolescente e Os telemóveis na escola, entre outros.

Em declarações à Lusa, o especialista em uso de tecnologias pelos jovens e fundador do projeto MiudosSegurosNa.Net, Tito de Morais, explicou que esta foi a forma encontrada para “criar um evento centralizador de toda essa informação, de forma anual”, para mobilizar a sociedade.

Já Cristiane Miranda, criadora do projeto Teen on Top e também envolvida na organização da Semana do Bem-Estar Digital, considerou que ainda há uma grande “falta de consciência dos pais” quanto à dimensão dos riscos e ao quão prejudicial pode ser o excesso do uso dos ecrãs e das tecnologias, exemplificando com o tipo de conteúdos a que crianças e jovens hoje têm acesso, com facilidade, na internet, e sublinhando que os impactos “são físicos e mentais”.

A especialista alertou ainda os pais para estarem mais atentos aos perigos que os jovens enfrentam na internet, relevando que há crianças com menos de 10 anos com acesso livre a conteúdos pornográficos.

“Os pais muitas vezes não têm a noção das implicações que há pelo facto das crianças terem um telemóvel no quarto”, afirmou, acrescentando: “os jovens estão a ter acesso cada vez mais cedo, e de uma forma muito livre, por exemplo, à pornografia e não propriamente só imagens”.

Os crimes ‘online’ têm grande destaque no mais recente Relatório Anual de Segurança Interna, cujos dados foram divulgados na última edição do Expresso.

Segundo o semanário, o relatório revela a existência de investigações ao uso de plataformas de jogos online que servem para aliciar menores de idade à produção de conteúdos pornográficos, “servindo as plataformas encriptadas para troca e armazenamento de conteúdos ilegais”, bem como “autoprodução de ficheiros de exposição sexual de menores, na sequência de atividades de ‘grooming’ [em que um pedófilo convence um jovem a despir-se ou a filmar um ato sexual] ou de coação”. Fonte: Sapo

educação: Ministério esclarece que encerramento das escolas em agosto não muda férias dos funcionários

O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) esclareceu hoje que a possibilidade de as escolas encerrarem durante uma semana em agosto não implica a alteração de férias dos trabalhadores docentes e não docentes.

Em agosto, as escolas vão poder fechar portas, em articulação com a respetiva autarquia, durante uma semana entre os dias 12 e 23 de agosto, segundo um despacho publicado na semana passada, em que o MECI refere a necessidade de “compensar a intensidade e a exigência das tarefas” na reta final do ano letivo.

A decisão mantém uma prática criada pelo anterior executivo, mas levantou dúvidas a alguns trabalhadores a quem está a ser pedido que alterem as suas férias para o acomodar a suspensão das atividades.

Em comunicado, o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), que relatou a situação, refere que, “como o ministro deu autonomia às escolas (em articulação com as câmaras) para aplicar as diretrizes do despacho, isto está a permitir grandes injustiças na sua aplicação e a questionar a conciliação da vida profissional, pessoal e familiar dos profissionais da educação”.

Questionado pela agência Lusa, o gabinete do ministro Fernando Alexandre esclarece que “a eventual suspensão das atividades não está relacionada com o gozo de férias dos docentes e não docentes, nem altera o respetivo regime”.

“No caso do pessoal não docente, (a suspensão) terá ainda de ser articulada com as autarquias, de forma a que as escolas tomem as decisões que considerem mais adequadas para salvaguardar o correto

funcionamento dos serviços”, acrescenta a tutela.

O despacho ressalva que as escolas devem, no entanto, assegurar quaisquer atividades relativas às provas finais e aos exames finais nacionais. Fonte: Sapo

desporto: 42 anos depois, F.C. Porto tem novo presidente

Histórico!

André Villas-Boas
Foto: Pedro Correia/Global Imagens

André Villas-Boas tornou-se o 34.º presidente da história do Futebol Clube do Porto, ao vencer as eleições de sábado dos órgãos sociais, com 21.489 votos (80,28%), quebrando um ciclo de 15 mandatos e 42 anos de Pinto da Costa, que juntou 5.224 votos (19,52%), enquanto Nuno Lobo teve apenas 53 (0,2%), no ato eleitoral mais concorrido de sempre do clube. 
Pinto da Costa
Foto: Arquivo/Global Imagens

De acordo com o presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Lourenço Pinto, houve ainda 73 votos em branco e 37 nulos, num dia em que um recorde de 26.876 associados elegeu os órgãos sociais rumo ao quadriénio 2024-2028 no Estádio do Dragão, no Porto.

A inédita eleição de André Villas-Boas, de 46 anos, implica o fim do 'reinado' presidencial de Pinto da Costa, de 86 anos, que já comandava o FC Porto desde 17 de abril de 1982, tornando-se, desde então, o dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial. Fonte: TSF

sexta-feira, 26 de abril de 2024

texto de autor: "abril de 1974, a liberdade e a ESÁS"

"onde estava no 25 de abril (de 1974)?"

Era uma quinta-feira. Tinha aulas à tarde. Contra o que era habitual, nessa manhã, minha mãe ouvia a rádio com muita atenção. As notícias sucediam-se. Disse-me: "O pai ligou e disse para não ires para a escola."

"Ui, vou folgar!", lembro-me de pensar. Mas, logo de seguida, questionei-me: "Como assim? Nunca tinha tido autorização para não ir à escola?!" 

"Mas porquê, mãe?", perguntei, curiosa. Minha mãe balbuciou qualquer coisa como: "Aconteceu algo e há muita agitação nas ruas. Vamos ver no que dá!"

Tinha 14 anos e muito pouca consciência política. À época, não se falava de política em casa, por isso, não percebi bem o que poderia ser aquela "agitação" e confortei-me com a ideia de ficar em casa, escutando também eu a rádio como minha mãe, aguardando mais pormenores.

Porém, um primo mais velho contara-me que era proibido falar e cantar à vontade. Também sabia que os rapazes, se não prosseguissem estudos superiores ou se estudassem e não tivessem sucesso académico, eram chamados para cumprir serviço militar e teriam de "ir para a guerra” (colonial). Essa era uma preocupação da família. 

Com esse primo de 19 anos, já a estudar no ensino superior, tinha assistido a sessões à porta fechada onde se ouviam discos vinis proibidos em Portugal, de cantores como José Mário Branco e Sérgio Godinho, que interpretávamos e analisávamos em segredo, sempre com um dos elementos atento à porta. No fim dessas sessões o meu primo dizia-me: “Não podemos contar em casa o que estivemos a ouvir”. E eu obedecia. A adrenalina desse secretismo fazia-me querer ir outra vez.

Pensei, então, nesse dia 25 de abril de 1974 que o que se passava devia estar associado à falta de liberdade que o meu primo tantas vezes referia.

Não havia formas de comunicar facilmente. A televisão tinha apenas dois canais e não funcionavam todo o dia. Telefonar, enviar uma SMS, ir ver à Net – privilégios dos dias de hoje -, eram possibilidades inexistentes.

Entretanto, o meu pai chegou para almoçar e disse-me, apreensivo: "Há muita confusão nas ruas e lá para as bandas do teu liceu, ainda mais. Por isso, hoje ficas em casa e amanhã logo se verá."

Eu estudava no Liceu Rainha Santa Isabel, no Porto, só para meninas. Percebi mais tarde que a agitação a que meu pai se referia pelas "bandas do liceu" se relacionava com o facto de ali perto existir a sede da PIDE/DGS (paredes meias com o cemitério do Prado do Repouso) e, segundo soube depois, já muita gente se manifestava às portas desse local, exigindo a extinção dessa organização e a libertação dos presos políticos. 

Também me recordo de outras palavras de meu pai, ditas no final desse dia 25 de abril - já depois de vermos as notícias na RTP, tomada pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) - desta feita já mais descontraído e sorridente: "Houve uma revolução e, creio, que a partir de hoje vamos viver melhor". Minha mãe sorriu também, de forma cúmplice. 

Nunca mais esqueci essas palavras. Pareceram-me serenas e, sobretudo, esperançosas. 

"Pai, apesar de tudo, ainda me move hoje, 50 anos depois, a tua esperança e acredito que, apesar de todas as pedras do caminho, começámos, a partir desse dia, a viver melhor. Pelo menos, em liberdade.


Depois de abril de 1974

Graças ao 25 de abril de 1974, pude ter um curso superior - na época tão restrito a tantos e às raparigas em particular. Pude provar que não era necessário nascer em berço de oiro para poder singrar. Pude escolher ser o que queria. Pude exercer a minha profissão como a idealizara. Pude fazê-lo em liberdade.

E idealizara ser professora. Porquê? Porque tive professores que me marcaram e, quando os ouvia, sonhava ser como eles: ser capaz de ensinar, aprendendo; ser capaz de aprender, ensinando, cativando para o saber. E fazer coisas diferentes: envolver os alunos em projetos que os fariam ser mais empenhados socialmente, que os obrigasse a criar, a sonhar ser diferente, a potenciar as suas capacidades. Sonhei criar com eles uma rádio escola; sonhei lutar com eles contra as adições; sonhei fazê-los participar a fazer um jornal; sonhei envolver os EE nas atividades dos seus educandos; sonhei levá-los ao teatro; sonhei viajar com eles para que conhecessem o que não poderiam conhecer de outro modo; sonhei... E iniciei a minha profissão aos 21 anos, já com o curso concluído.

Tanto orgulho sentiram os meus pais! Diziam: "A nossa filha é professora. Tem 21 anos e alunos com 18". Era verdade! No meu primeiro dia de aulas, quando cheguei à turma de um 11.º ano, um aluno mais espigadote disse-me: "Tu não és desta turma." E eu respondi, tremendo por dentro: "Pois não, sou a vossa professora de Português." E assim comecei. 

Noutras escolas, cheguei a ter alunos com 50 anos e mais, que estudavam à noite, em regime pós-laboral. Não vacilei. Lembro-me bem da D. Amélia e do Sr. Almeida, que estudavam para poderem ascender nas suas carreiras: ela como auxiliar de Saúde e ele como jornalista. Podiam ser meus pais! E como cresci, eu, jovem, tão dedicada, respeitada e reconhecida. 

E por aí andei... até chegar à ESÁS.

ESÁS: "O que eu andei pr'aqui chegar!!!"

Não, não tenho 50 anos de ESÁS, mas estou nela há 36 anos, dos 43 que levo de profissão. 
Antes de aqui chegar percorri outros destinos, uns mais agradáveis que outros, mas sempre lugares de passagem, efémeros no tempo, porém marcantes por um qualquer motivo.

Quando aqui cheguei, senti que chegara a casa. Fui muito bem recebida pelos membros da Direção, que tinham - e sempre tiveram - o seu gabinete aberto e assisti pela primeira vez, nos meus sete anos de atividade profissional, a uma receção aos novos elementos como nunca tinha visto. Nada pomposa, nem sumptuosa, mas divertida e autêntica, com muita música, dança, teatro e côr. Soube, tempos depois, que esta era conhecida como "a escola das festas". 

Lembro-me do meu deslumbramento e de pensar: "O que é isto?". 

Foi em 1988. Nunca mais daqui saí. Esta não é a escola mais perto de minha casa (resido no Porto), mas é a escola que me escolheu e acolheu: a minha ESÁS.

Aqui consegui cumprir muitos dos meus sonhos. Aqui cresço todos os dias. Estou quase no fim da carreira e continuo a considerar que esta é uma escola de festas. De muitas festas e de sonhos. A escola deve ser sinónimo de festa, de alegria, de saber, de aprendizagem, de inclusão, de projetos e de afetos. E a ESÁS é uma escola de liberdade.

Manuela Couto (professora de Português)