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sexta-feira, 25 de novembro de 2022

a BD ficou mais pobre: morreu o autor José Ruy aos 92 anos

O legado do "mestre José Ruy, um dos pioneiros da nona arte em Portugal" é "indissociável da Amadora", destacou o Festival Amadora BD. Autarquia recorda "décadas de criatividade, de conhecimento e de dedicação".


O autor português José Ruy, com um longo e pioneiro percurso na criação e divulgação da banda desenhada portuguesa, morreu na quarta-feira aos 92 anos, na Amadora, revelou hoje à Lusa fonte da câmara municipal.
"O conjunto do seu trabalho, a qualidade do seu desenho e cor, é um reflexo de décadas de criatividade, de conhecimento e de dedicação. A sua vida cruza-se com a história da cidade -- a escola com o seu nome, o AmadoraBD, os Troféus Zé Pacóvio e Grilinho, prémios e homenagens", lê-se, por seu turno, na página oficial da autarquia.


Mestre José Ruy, cidadão da Amadora, autor de Banda Desenhada, ilustrador, pintor, dedicou à Amadora, a cidade que o viu nascer e que o acompanhou na sua atividade artística, a obra Levem-me Nesse Sonho. O conjunto do seu trabalho, a qualidade do seu desenho e cor, é um reflexo de décadas de criatividade, de conhecimento e de dedicação. A sua vida cruza-se com a história da cidade – a escola com o seu nome, o Amadora BD, os Troféus Zé Pacóvio e Grilinho, prémios e homenagens. Sempre contámos com seu envolvimento afetivo, com a sua amizade e com o seu amor pela Nona Arte.
José Ruy, que nasceu na Amadora em 1930, colaborou com muitas publicação periódicas, nomeadamente "Mosquito", "Mundo de Aventuras" e "Cavaleiro Andante", num tempo em que a banda desenhada era lida sobretudo em revistas, convivendo com outros nomes históricos da BD como Eduardo Teixeira Coelho (1919-2005) e José Garcês (1920-2020).

Na longa e produtiva carreira, José Ruy trabalhou em várias áreas ligada ao desenho, mas foram os álbuns informativos de banda desenhada, de pendor histórico, e as adaptações de obras literárias, sempre com um traço realista e detalhado, que lhe deram visibilidade.

Destacam-se a transposição para BD da epopeia "Os Lusíadas", das biografias sobre Aristides de Sousa Mendes, de Humberto Delgado e de Beatriz Ângelo, e a série "Aventuras de Porto Bomvento", que evoca os marinheiros anónimos da época dos Descobrimentos.

Com obra traduzida e publicada em vários países, José Ruy era muito ativo na divulgação desta arte, uma presença regular em escolas e também no festival AmadoraBD.

Na longa e produtiva carreira, José Ruy trabalhou em várias áreas ligada ao desenho, mas foram os álbuns informativos de banda desenhada, de pendor histórico, e as adaptações de obras literárias, sempre com um traço realista e detalhado, que lhe deram visibilidade.

Destacam-se a transposição para BD da epopeia "Os Lusíadas", das biografias sobre Aristides de Sousa Mendes, de Humberto Delgado e de Beatriz Ângelo, e a série "Aventuras de Porto Bomvento", que evoca os marinheiros anónimos da época dos Descobrimentos. @ DN

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