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sexta-feira, 28 de maio de 2010

livros para Timor

Recebemos um mail de uma colega que está em Timor que nos fez obrigar a divulgá-lo pelo conteúdo sentido e pela simplicidade do apelo. Aqui vai, tal como chegou:
"Caros amigos,

Alguns sabem e outros nem por isso (e assim aqui vai a notícia) mas estou em Timor a dar aulas na UNTL (Universidade Nacional de Timor Leste) no âmbito de uma colaboração com a ESE do Porto.
Aquilo que vos venho pedir é o seguinte: livros. Não vou dar a grande conversa que é para montar uma biblioteca ou seja o que for, porque não é. O que se passa é o seguinte... não sei muito bem como funcionam as instituições, nem fui mandatada para angariar seja o que for, mas o que é certo é que sou (somos!) muitas vezes abordados na rua por pessoas que desejariam aprender português mas não possuem um livro sequer e vão pedindo, o que é muitto bom.
O que é certo é que a minha biblioteca pessoal não suportaria tanta pressão e nem eu, nos míseros 50 quilos a que tive direito na viagem, pude trazer grande coisa para além dos livros de trabalho de que necessito.
COMO MANDAR?
Basta dirigirem-se aos correios (CTT) e mandarem uma encomenda tarifa económica para Timor (insistam porque nem todos os funcionários conhecem este tarifário!) e mandam a coisa por 2,49 €. Claro que a encomenda não pode exceder os 2 quilos para poder ser enviada por este preço.

Devem enviar as encomendas em meu nome (Joana Alves dos Santos) para:
Embaixada de Portugal em Díli
Av. Presidente Nicolau Lobato
Edifício ACAIT
Díli - TIMOR LESTE

E O QUE MANDAR?
Mandem por favor livros de ficção, romances, novela, ensaio, livros infantis etc, etc. Evitem gramáticas e manuais escolares. Dicionários, mesmo que um pouquinho desactualizados são bem vindos. Este critério é
meu e explico porquê. Alguns timorenses (estudantes e não só) são um bocado fixados em aprender gramática mas ainda não têm os skills básicos de comunicação. Parece-me melhor ideia que possam ler outras coisas, deixar-se apaixonar um bocadinho pelas histórias mesmo que não entendam as palavras todas, do que andarem feitos tolinhos a marrar manuais e gramáticas. O caso dos dicionários é outro. Um aluno, por exemplo, usa um dicionário português-inglês para tentar adivinhar o significado das palavras. Como o inglês dele tb não é grande charuto imaginam como é a coisa.

Bom, espero ter vendido bem o peixe do povo timorense. Falam pouco e mal mas na sua grande maioria manifestam simpatia pela língua portuguesa. De qualquer forma isto não vai lá (muito sinceramente) com
umas largas dezenas de professores portugueses por cá. É preciso ter a língua a circular em vários meios e suportes. Espero que respondam ao meu apelo!! Eu por cá andarei sempre com um livrito na carteira para
alguém que peça!"

Divulguem, por favor.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

logótipo

É claro que nós, AEAS, temos um site que poderão consultar e através do qual nos poderão ficar a conhecer melhor: http://www.basico.maiadigital.pt/NR/exeres/224B0284-D529-4311-B5C4-0C86A9DC85C9,frameless.htm

E agora que somos Agrupamento, houve necessidade de criar concurso para um novo logótipo e ganhou este, da autoria da professora Olinda Fraga, com a seguinte explicação:
- O Logótipo desenvolve-se a partir de gotas de água estilizadas tendo como base "Águas Santas" - representando a maior, a sede do Agrupamento e as outras gotas sobrepostas representam o jardim de infância e o 1º ciclo.
- O texto tem como fundo a cor rosa que significa jovialidade, a frequência salutar dos jovens na escola e um crescimento harmonioso que, em conjunto com o azul das gotas, suscita a ideia de co-educação.
- O tipo de letra é TWCenMTCondensed, pela harmonia, elegância e pouca vulgaridade.

terça-feira, 25 de maio de 2010

escola em construção


Sempre acreditamos que uma escola verdadeira e inteira deve viver em permanente construção. Não no sentido literal do termo. No sentido em que deve acompanhar os tempos, aprender a fazer, fazendo-se.

Este ano lectivo a expressão em causa ganhou nova dimensão. A nossa escola está em construção. No sentido literal do termo.

Obras, obras e mais obras!

Ora vejam a obra quando a demolição começou.

 

terça-feira, 18 de maio de 2010

Foi bonita a festa, pá!

Chico Buarque de Holanda cantou. Aqui explica e canta "Tanto mar!"

aí vai a explicação

Todos conhecem os cravos, poucos as mãos de onde saíram. A história mais divulgada sobre o aparecimento dos cravos no 25 de Abril foi protagonizada por Celeste Caeiro.

O cravo transformou-se num símbolo de Portugal para o mundo, a insígnia mais marcante do nosso país no século XX, juntando o regime fascista e a libertação revolucionária. Existem três versões sobre o aparecimento dos cravos no dia da Revolução, todas elas simultâneas, independentes e credíveis.

De acordo com a primeira, as flores surgiram devido a um casamento marcado para o dia 25 que não se pôde realizar por as conservatórias estarem fechadas. A segunda conta que uma empresa de exportação de flores tinha um carregamento de cravos para enviar para o estrangeiro, mas, com o aeroporto encerrado, as flores foram mandadas para o Rossio.

A terceira versão é a mais conhecida e apresenta-se com um rosto que conta a história na primeira pessoa. A protagonista é Celeste Martins Caeiro. Tudo foi fruto de coincidências, de «acasos felizes», como ela diz.

A história

Habituada a contar como tudo se passou, Celeste repete mais uma vez o que aconteceu na manhã do 25 de Abril. «Eu trabalhava num restaurante na Rua Braancamp. A casa fazia um ano nesse dia e os patrões queriam fazer uma festa. O gerente comprou flores para dar às senhoras, enquanto que aos cavalheiros se daria um porto. Nesse dia, quando chegámos, o patrão explicou que não ia abrir o restaurante, porque não sabia o que estava a acontecer, e disse-nos para levarmos as flores connosco. Chegámos ao armazém e vimos que eram cravos vermelhos e brancos. Cada um levou um molhe.»

De regresso a casa, Celeste apanhou o metro para o Rossio e dirigiu-se ao Chiado. Deparou-se de imediato com os tanques. «Era um aparato! Quando vi aquilo... Bem, não há palavras. Sabia que alguma coisa se ia dar. E para bem, eu sentia que era alguma coisa para bem», diz.

«Cheguei ao pé do tanque e perguntei o que é que se passava. E um soldado respondeu-me: "Nós vamos para o Carmo para deter o Marcelo Caetano. Isto é uma revolução!" "Então, e já estão aqui há muito tempo?", perguntei eu. "Estamos desde as duas ou três horas da manhã. A senhora não tem um cigarrinho?" "Não, eu não fumo. Se tivesse alguma coisa aberta, comprava-vos qualquer coisa para comer, mas está tudo fechado. O que eu tenho são estes cravos. Se quiser tome, um cravo oferece-se a qualquer pessoa." Ele aceitou e pôs o cravo no cano da espingarda. Depois dei a outro e a outro, até ao pé da Igreja dos Mártires. Foi lindo...»

«Correu tudo muito bem», diz Celeste. «Tinha de correr, pois os cravos estavam nas espingardas e elas assim não podiam disparar...».

A cor vermelha

Se a iniciativa original de distribuir flores aos soldados não tinha um objectivo político consciente, cedo o ganhou. Os cravos transformaram-se de imediato numa palavra de ordem visual, numa expressão da vontade popular de tornar o movimento militar numa revolução pacífica, à semelhança do que havia acontecido noutros países como o Chile e a França.

Texto de Isabel Araújo Branco

terça-feira, 4 de maio de 2010

mudam-se os tempos...

A língua que nos une não é a língua que nos tem permitido comunicar. A "nós" com "os outros".

Muito gostávamos de saber como estão, como são, como fazem, o que aprendem... por terras de Timor e de Angola. As notícias não chegam e o nosso ano lectivo está prestes a chegar.

Curiosamente sabemos ter sido lidos por muitos (que não os de lá) que, deste modo, ficaram a conhecer este "cantinho" de Águas Santas.

Nós por cá passamos tempos difíceis: muita crise económica, muito desemprego, muito pouca visão positiva de futuro.

Mas a "nossa" escola vai crescendo. As obras que acontecem vão trazer grandes diferenças. Já as vamos sentindo. E dia-a-dia os nossos olhos verificam que já nada será como dantes.

Saudosismo? Não. Nostalgia.


É verdade! Passou mais um aniversário da revolução de Abril (36 anos) e os "cravos" ainda não murcharam.

Alguém sabe a sua simbologia?