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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

NASA fotografa o Sol a ‘sorrir’


Comunidade científica em alerta com tempestades solares que atingem a Terra
A NASA captou uma imagem, partilhada nos canais oficiais da agência espacial norte-americana, que mostra o Sol com o que parece ser um ‘sorriso’ na sua superfície. Na realidade, o que parecem ser os ‘olhos’ e ‘boca’ do corpo celeste são manchas coronais: sinal de que a superfície solar está em grande atividade e que antecipam uma possível tempestade solar.
“Hoje [27 de outubro], o Observatório de Dinâmicas Solares da NASA capturou uma imagem do Sol a ‘sorrir’. Vistas através de luz ultravioleta, estas manchas negras no Sol são conhecidas como manchas coronais, e são regiões onde o vento solar é rapidamente expelido para o espaço”, explica a NASA no Twitter. A imagem mostra um fenómeno que os físicos que estudam o Sol ainda não compreendem completamente.
Os ventos solares são comuns no nosso sistema solar. São jatos de partículas carregadas que viajam a enormes velocidades após serem expelidas pela coroa solar, a atmosfera superior da nossa estrela. Normalmente, na Terra, não vemos os seus efeitos, já que os ventos colidem com o campo magnético da terra, que serve de barreira.
No entanto, em algumas alturas ocorrem fortes ejeções de massa coronal (ou «erupções solares’) que podem atingir o nosso planeta sob a forma de tempestades solares. A consequência mais imediatamente visível são as auroras boreais: as partículas colidem com a atmosfera terrestre e causam as luzes coloridas visíveis normalmente perto das zonas polares.
Mas há outros efeitos prejudiciais: estas partículas podem atingir e danificar o funcionamento dos satélites que orbitam a Terra.
As manchas coronais verificadas na foto do Sol a ‘sorrir’ são sinais e forte atividade de ventos solares e tempestades solares, que nos podem atingir em poucos minutos. Com efeito, após a foto ter sido captada houve registo de fortes tempestades solares que atingiram o nosso planeta.
A nossa estrela tem um ciclo de atividade de 11 anos, que é determinado pelo número de manchas solares, sendo que neste momento está a atingir-se o que se chama de ‘máximo solar’, o que significa que são esperadas mais tempestades solares, como se tem verificado nos últimos meses. Mas esperava-se um ‘máximo solar’ mais tranquilo, o que não se veio a verificar. Os especialistas estão muito atentos e preocupados com os eventuais efeitos no pico máximo de atividade, que só se virá a verificar em 2025.
“Não temos de ter medo, temos que estar preparados. Não podemos controlar a natureza, apenas entendê-la”, adianta Javier Rodríguez-Pacheco, astrofísico e investigador do Detetor de Partículas Energéticas, a bordo da missão Solar Orbiter, que não vai ajudar a entender melhor estes e outros fenómenos do Sol, ao ABC Espanha. @ Sapo 

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