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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

textos de alunos: "Ciclo da água"

Este foi um trabalho conjunto das disciplinas de Ciências Naturais e Português, na turma 5º A, em DAC.

ERA UMA VEZ UMA GOTINHA DE ÁGUA

      Era uma vez uma gotinha de água, mas esta gotinha de água, tal como todas as gotinhas de água, não tinha uma casa fixa, não vivia sempre no mesmo local.

      Eram tantos os locais que ela percorria… ora no mar, nas nuvens, nas encostas das montanhas, nos lagos, nas serras, nos guarda-chuvas, nos impermeáveis das crianças….

     Mas a gotinha de água nunca estava sozinha, junto dela estavam sempre milhares e milhares de gotinhas iguais a ela.

      A gotinha de água, tal como todas as outras, era transparente, líquida e sem forma definida. Ela e as suas amigas tomavam a forma dos vales por onde corriam, dos recipientes onde iam parar ou até do fundo do mar.

     A verdade é que esta gotinha era muito feliz e passava os dias a brincar com as suas amigas. Nas praias, adorava tocar nas pernas das crianças, escorrer pelas pétalas das flores, cair em forma de chuva, neve ou granizo e, no mar, dar as mãos às suas amigas gotinhas de água. Era uma vida cheia de aventuras.

      O que a gotinha de água preferia mesmo era estender-se ao sol, pois sabia que este seria o início de mais uma viagem. Com isto, conseguia ser aquecida e subir no ar, ficando mais leve, evaporando-se e passando do estado líquido ao estado gasoso. Quando chegava lá acima, unia-se às suas amigas e juntas, formavam as nuvens, passando pelo processo da condensação e de seguida voltava a transformar-se em gotinha, ou seja, regressava ao estado líquido. Quando estava nas nuvens, dava longos passeios pelo céu, empurrada pelo vento. O que menos gostava era quando passava por zonas mais frias, pois ficava arrepiada e às vezes até tinha medo, pois começava a sentir-se pesada e muito apertada no meio das outras gotinhas.

      Esta aventura desafiante era a precipitação. Numas alturas, a gotinha de água caía sob a forma de chuva e regava os campos e as searas. Noutras, se caísse numa zona mais fria, ia enroladinha de frio, em forma de neve, ou seja, caía no estado sólido.

      Não importava a forma como caísse na terra, ela sabia que, fosse de que forma fosse, ela estava a alegrar os humanos.

     Quando caía em forma de neve no topo das montanhas, aproveitava para andar enrolada nas estâncias de inverno e era extraordinário andar a alta velocidade agarrada aos esquis das pessoas.

     Quando a temperatura começava a aquecer, a gotinha de água preparava-se para mais uma transformação, a fusão e passava do estado sólido para o estado líquido. Começava a escoar pelos caminhos escondidinhos da terra, saltitava de pedra em pedra, por entre as raízes das árvores, até aos leitos dos rios. Por vezes, fugia para as zonas onde havia moinhos e por lá andava a brincar. Quando se sentia cansada, resolvia infiltrar-se no solo e descansar nos lençóis de água subterrâneos. Mas como sabia que chegaria sempre a hora de se reencontrar com as suas amigas, rumava até aos rios e nesse caminho ia brincando, correndo e cantando rumando ao seu destino.

      Nesta jornada via barcos, homens a pescar e pontes. Quando avistava uma ou duas gaivotas, sabia que ao mar estava a chegar. Por serem cada vez mais gotinhas juntas, o rio começava a alargar, os navios começavam a ser maiores e a aparecer no horizonte, o mar estaria perto.

     Ao chegar, ela descansava, dormia, sonhava e ansiava pelo novo dia em que outra aventura se iniciasse.

      Ela sentia-se muito importante, como se fosse um tesouro, pois sabia que sem ela, não haveria vida.

Carlota Gonçalves nº 3; Gabriela Moreira nº 9; Maria Frias nº 12; 5ºA 
cortesia de envio de Cristina Machado, docente de Português do 2º ciclo

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