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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

nacional: apesar de afetada pelas greves dos professores, maioria dos inquiridos defende recuperação do tempo da carreira

A sondagem da Aximage para TSF-JN-DN mostra que 92% dos inquiridos defendem a recuperação, embora em grau variável. Entre quem tem crianças, 67% sentiram o efeito das greves. Os avós foram o porto de abrigo.

O protesto dos professores que se tem traduzido em greves e manifestações recolhe o apoio da maioria dos inquiridos nesta sondagem. 65% concordam com greve de professores, incluindo cerca de metade (32%) que afirmam concordar "totalmente" com o protesto. Contra estão 18% e 16% não concordam, nem discordam.
Apesar deste apoio, que inclui mais metade dos eleitores do PS inquiridos nesta sondagem, os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral merecem um amplo acordo. 71% são favoráveis, apenas 15% discordam,
Solidários com as reivindicações dos professores e com o mote dos "seis anos, seis meses e 23 dias," 38% defendem que o Governo deve garantir a recuperação integral do tempo de serviço congelado de forma faseada.
Quase um terço dos inquiridos defende que deve haver uma cedência de ambas as partes, recuperando-se apenas uma parte do tempo congelado.

25% vão mais longe e afirmam que deve ser garantida a recuperação integral e de forma imediata e apenas 8% parecem ter em conta os avisos do Governo de que a medida teria um impacto permanente na despesa pública de 331 milhões de euros, por ano e consideram que "não deve haver qualquer recuperação."

A ajuda dos avós e um ano de aprendizagem em risco

Esta sondagem pretendeu ainda tentar perceber o reflexo que as greves estão a ter na vida das famílias. Tendo em conta os inquiridos (58%) que têm crianças no seu círculo familiar mais próximo, bem mais de metade dão conta de que foram afetados pelas greves, com os avós a serem o porto de abrigo para os dias sem aulas.

67% dizem ter sido afetados pelas greves, sobretudo, no norte do país, 33% respondem que não.

Quando são questionados sobre as soluções para tratar das crianças e jovens sem escola, 65% referem os avós e outros familiares, 29% admitem que um dos pais teve de tirar dias de férias ou faltar ao trabalho e 27% recorreram a atividades de tempos livres.

A falta de professores é uma preocupação para 70% dos inquiridos que consideram que esse é um dos problemas das escolas e 42% relatam períodos de mais de duas semanas consecutivas sem professores. 58% não tiveram essa ausência.

Com este cenário, a esmagadora maioria dos inquiridos que se sentiu afetada acredita que as aprendizagens vão ser penalizadas, seja por causa das greves (55% ou pela falta de professores (30%).

Ficha técnica

A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSF, JN e DN com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados com a greve dos professores. O trabalho de campo decorreu entre os dias 10 e 16 de fevereiro. Foram recolhidas 807 entrevistas entre maiores de dezoito anos residentes em Portugal. Foi feita uma amostragem por quotas, com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo e escolaridade. À amostra de entrevistas, corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,45%. A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Ana Carla Basílio. @ TSF

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