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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

a luta dos professores continua: ainda não há acordo

Depois da ronda de reuniões de ontem, entre o ME e as doze forças sindicais dos professores, ainda não há acordo. A luta continua. 

A greve distrital de professores realiza-se, esta sexta-feira, em Viana do Castelo. Foi convocada por uma plataforma de oito estruturas sindicais, que inclui a Fenprof.

em Viana

Ao mesmo tempo continua a decorrer a greve por tempo indeterminado convocada pelo STOP.

Na segunda-feira, a paralisação abrange o distrito de Vila Real e, na terça-feira, em Viseu. O protesto distrital termina no distrito do Porto, dia 8, quarta-feira, com uma manifestação agendada para a Avenida dos Aliados.

Cá por casa, os professores encomendam camisolas com slogan para poderem usar nas próximas manifestações. Tanto no dia 8 de fevereiro, na greve distrital do Porto, como no dia 11 de fevereiro, no dia da manifestação nacional, em Lisboa.

É que "Num mundo em que tudo vale, a educação deve perceber-se como a reserva ecológica da beleza, da utopia, da inocência.

É verdade que os professores protegem, amparam e defendem os seus miúdos. Por vezes defendem até rapazes e raparigas que nem deviam defender mas fazem-no porque esses são, a maior parte das vezes, miúdos que não têm mais ninguém que os defenda.

Perceber que existe uma agenda política que não respeita o valor patrimonial da inocência leva qualquer profissional da educação à justa cólera. E é assim que deve ser. É nesses momentos que o copo transborda e a classe, heterogénea como a gente culta sempre será, se une e escancara a sua impaciência. Nesses momentos de indignação aberta, unida, os professores não precisam de quem verta mais palavras. Por mais virtuosas que sejam, serão sempre poucas e postiças. Querem-se gestos. Nesses instantes exigem-se testemunhos de coragem. Exigem-se estadistas em lugar de políticos.

Guardadores da candura, industriados em preservá-la de toda a manha, os professores reclamam uma absoluta ausência de malícia. Querem actos que cumpram palavras. Ser estadista é isso mesmo: decidir em completa autenticidade. Agir em conformidade com o que se diz. Ir à liça."  Rui Correia

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