Depois da ronda de reuniões de ontem, entre o ME e as doze forças sindicais dos professores, ainda não há acordo. A luta continua.
A greve distrital de professores realiza-se, esta sexta-feira, em Viana do Castelo. Foi convocada por uma plataforma de oito estruturas sindicais, que inclui a Fenprof.
em Viana |
Ao mesmo tempo continua a decorrer a greve por tempo indeterminado convocada pelo STOP.
Na segunda-feira, a paralisação abrange o distrito de Vila Real e, na terça-feira, em Viseu. O protesto distrital termina no distrito do Porto, dia 8, quarta-feira, com uma manifestação agendada para a Avenida dos Aliados.
Cá por casa, os professores encomendam camisolas com slogan para poderem usar nas próximas manifestações. Tanto no dia 8 de fevereiro, na greve distrital do Porto, como no dia 11 de fevereiro, no dia da manifestação nacional, em Lisboa.
É que "Num mundo em que tudo vale, a educação deve perceber-se como a reserva ecológica da beleza, da utopia, da inocência.
É verdade que os professores protegem, amparam e defendem os seus miúdos. Por vezes defendem até rapazes e raparigas que nem deviam defender mas fazem-no porque esses são, a maior parte das vezes, miúdos que não têm mais ninguém que os defenda.
Perceber que existe uma agenda política que não respeita o valor patrimonial da inocência leva qualquer profissional da educação à justa cólera. E é assim que deve ser. É nesses momentos que o copo transborda e a classe, heterogénea como a gente culta sempre será, se une e escancara a sua impaciência. Nesses momentos de indignação aberta, unida, os professores não precisam de quem verta mais palavras. Por mais virtuosas que sejam, serão sempre poucas e postiças. Querem-se gestos. Nesses instantes exigem-se testemunhos de coragem. Exigem-se estadistas em lugar de políticos.
Guardadores da candura, industriados em preservá-la de toda a manha, os professores reclamam uma absoluta ausência de malícia. Querem actos que cumpram palavras. Ser estadista é isso mesmo: decidir em completa autenticidade. Agir em conformidade com o que se diz. Ir à liça." Rui Correia
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