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terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

saúde: o que deve saber sobre a epilepsia

As crises epilépticas são perturbações transitórias do funcionamento normal do cérebro ou, mais frequentemente, de parte dele, e são geradas por uma descarga anormal dos neurónios cerebrais.


Dependendo da localização cerebral dessa descarga, diferentes sintomas e sinais neurológicos transitórios podem surgir. Se, por exemplo, a crise epilética tiver origem numa área cerebral que é responsável pelo processamento visual, a pessoa pode ter uma alucinação visual. Se for a área responsável pela função motora que é ativada, poderão surgir tremores dos braços, da face ou das pernas ou posições fixas (posturas distónicas).

A epilepsia é uma doença comum?
A epilepsia é uma das doenças neurológicas com maior prevalência, calculando-se -que cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo tenham epilepsia. Em Portugal, foi estimado que existam 4 a 7 pessoas com epilepsia por cada mil habitantes.
A epilepsia pode surgir em qualquer idade, mas existem 2 grandes picos de incidência – na infância e no idoso. 
Ter epilepsia não é apenas ter crises epiléticas. As pessoas com epilepsia têm muitas vezes outros problemas de saúde (comorbilidades), por exemplo perturbações de ansiedade e outras patologias psiquiátricas, dificuldades de memória e outras alterações cognitivas. É, também, uma patologia que tem um importante estigma social e profissional. Uma das limitações importantes para as pessoas com epilepsia é a limitação da condução. As limitações dependem do tipo de carta de condução, do controlo da epilepsia e estabilidade dos FAE.

Como deve atuar se estiver próximo de uma pessoa com uma crise epilética?
Assistir a uma crise epilética pela primeira vez, sobretudo se for uma crise epilética tónico-clónica generalizada (“convulsão”), pode ser muito assustador. Mantenha a calma. O cérebro tem mecanismos para abortar a crise epilética e consegue-o na maioria das crises. Deve ter duas principais preocupações:
1) Proteger a pessoa de lesões - se for uma “convulsão”, deite a pessoa no chão ou numa cama, espere que os movimentos passem e depois deixe a pessoa recuperar deitada de lado (na chamada posição lateral de segurança). Retire das proximidades ou das mãos da pessoa qualquer objeto com que se possa magoar. Acompanhe a pessoa até recuperar os sentidos. A crises em que há perturbação da consciência têm habitualmente um período depois da crise, cerca de 10-15 minutos, em que a pessoa está prostrada, confusa, sonolenta. Aguarde junto à pessoa até que esta recupere totalmente. Se este período depois da crise (pós-crítico) se tornar muito duradouro, a pessoa deve ser avaliada num hospital. 
2) Tentar contar o tempo que dura a crise - uma crise epiléptica não dura mais de 5 minutos. Se a crise durar mais de 5 minutos peça ajuda e chame o INEM. 

Atitudes que não deve tomar: colocar objetos na boca; tentar parar os movimentos; tentar dar água ou outro alimento @ Sapo

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