O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas reuniu-se esta segunda-feira, em Genebra, com a investigação sobre eventuais crimes de guerra na Ucrânia em destaque na agenda, assim como a condenação da invasão russo.
O ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, participa no encontro com mais de 100 chefes de Estado e ministros.
A reunião acontece após a Assembleia-Geral da ONU ter votado a favor de uma retirada imediata das tropas russas da Ucrânia.
A 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que começou com um minuto de silêncio em memória das vítimas do sismos da Turquia e da Síria, decorre até 4 de abril.
No discurso de abertura, António Guterres
lamentou que os Direitos Humanos no mundo estejam a “andar para trás”.
“A invasão da Ucrânia pela Rússia
desencadeou a violação mais massiva dos Direitos Humanos que conhecemos até
hoje”, afirmou o secretário-geral das Nações
Unidas, acrescentando que a Declaração Universal dos Direitos Humanos tem sido
“atacada por todos os lados”.
A guerra na Ucrânia "desencadeou morte, destruição e deslocamento generalizados”, condenou ainda Guterres.
“Recuámos”, lamentou, pedindo “uma nova vida” aos Direitos Humanos que são a solução para muitos problemas do mundo, como a emergência climática ou o uso nocivo das novas tecnologias.
"Os Direitos Humanos não são um luxo que pode ser ignorado até que encontremos uma solução para os outros problemas do mundo", frisou.
Na mesma linha, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou o regresso do “velho autoritarismo” e das “guerras destrutivas de agressão, de uma época passada e com consequências globais, como vimos novamente na Europa com a invasão sem sentido da Rússia na Ucrânia”.
A invasão da Rússia na Ucrânia está no centro das discussões no Conselho de Direitos Humanos da ONU e as primeiras conclusões do relatório sobre os crimes de guerra na Ucrânia serão divulgadas a 20 de março. @ RTP Notícias
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