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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

país: captar jovens médicos é das questões "mais críticas"

O diretor executivo do SNS admitiu que captar e reter jovens especialistas é das dimensões “mais críticas” do Serviço Nacional de Saúde, defendendo que a abordagem terá de ser diferente porque são gerações com outra maneira de pensar.

“Essa é seguramente uma das dimensões mais críticas que nós temos, do ponto de vista do SNS, que é conseguir captar e reter e valorizar esse talento que nós acabamos por formar”, disse Fernando Araújo em resposta a questões levantadas por deputados da Comissão de Saúde sobre a valorização dos recursos humanos.
O diretor executivo do SNS referiu que, neste momento, há “gerações de profissionais que pensam de forma diferente” e que a abordagem tem que ser distinta do que era há 20 anos, “com risco de não os captar”.
Mas frisou que o problema não é unicamente português, como disse ter constatado na semana passada quando esteve na sede da Organização Mundial de Saúde (OMS) Europa, em Copenhaga. 
“É verdade que há uma questão de vencimentos em Portugal, mas não é o único problema. E não é apenas com essa questão que vamos resolver, porque países muito mais ricos, a Alemanha é bom exemplo, pagam muito mais e também estão com problemas..
De acordo com o responsável, “é um problema transversal” resultante de haver uma geração cada vez mais global. Explicou que não são só as condições de trabalho que estão em causa: “O que [os jovens médicos] querem mesmo é, naturalmente, o equilíbrio entre a vida profissional e a vida familiar, é diferenciar-se e ter um projeto de vida do ponto de vista profissional”.
Pretendem ainda ter “infraestruturas e equipamentos, flexibilidade no trabalho, flexibilidade no número de horas que fazem e como fazem, é ter lideranças que os inspire a trabalhar no SNS”, disse, sublinhando que é preciso “percorrer essas várias realidades para conseguir retê-los”.
“É bem diferente a forma de abordar os profissionais médicos há 20 anos e agora. E, ou nós percebemos isso, e mudamos essa forma, ou mantemos a mesma abordagem e perdemos estes recursos humanos mais novos”, insistiu. @ Sapo

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