Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 13 de março de 2024

educação: falta de professores de português dispara 250% só no último ano

A situação da falta de professores nas escolas em Portugal agravou-se exponencialmente no último ano, seguindo também uma tendência de cada vez menos docentes formados nos últimos anos.

A três meses para os exames do 9.º ano, inda há alunos sem professor às disciplinas que são sujeitas ao momento de avaliação final. Os dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), cedidos ao Diário de Notícias, revelam que entre 2007, diplomaram-se 357 professores de Português e 256 de Matemática. Mas, entre 2018 e 2022, o número caiu a pique, para apenas 45 diplomados de Português e 26 de Matemática.
“Com a entrada de 1 ou 2 alunos nos cursos, não é possível fazer face às necessidades”, denuncia Joaquim Pinto, presidente da Associação de Professores de Matemática (APM).
Assim como o grupo 500, o grupo 300 (Português, 3.º ciclo e Ensino Secundário) enfrenta os mesmos problemas. Comparado com o ano anterior, faltam quase três vezes mais professores de Português.
“Na semana antes do início do ano letivo, em 2023/24, faltavam 129 professores de Português nas escolas públicas para dar 2.240 horas semanais – no ano de 2022/23, havia 48 professores por colocar, para um total de 559 horas. Ou seja, o problema agravou-se cerca de 400% em termos de horas semanais e cerca de 250% em termos de número de professores”, destaca João Pedro Aido, vice-presidente da direção da Associação Nacional de Professores de Português (APP), em entrevista ao mesmo jornal.
Desde o início do ano letivo, o responsável assinala que se verifica um ligeiro alívio do problema, mas que o recurso a docentes sem habilitação profissional tem um preço a pagar.
“Essa menor qualificação quer dizer que são professores que têm habilitação académica, que não têm formação pedagógica, e que, nalguns casos, têm uma formação científica que não é robusta”, aponta, considerando que a situação “acabará por se refletir em resultados de aprendizagem mais baixos e com indicadores mais fracos na qualidade do sucesso”. Fonte:  Sapo 

Sem comentários: