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sexta-feira, 1 de julho de 2022

Portugal: dar o dito por não dito

Primeiro-ministro anula despacho de Pedro Nuno Santos para novos aeroportos 

O primeiro-ministro determinou ao ministro das Infraestruturas e da Habitação a revogação do despacho ontem publicado sobre o Plano de Ampliação da Capacidade Aeroportuária da Região de Lisboa“, informa o gabinete do primeiro-ministro.
O Ministério das Infraestruturas anunciou ontem uma nova solução para o reforço da capacidade aeroportuária na região de Lisboa que prevê a construção de um aeroporto na atual Base Aérea n.º 6 do Montijo até 2026 e outro no Campo de Tiro de Alcochete, para entrar em funcionamento em 2035, que substituiria o Humberto Delgado.
O novo plano foi objeto de um despacho do secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, publicado ontem em Diário da República, que além de justificar a nova opção política do Governo atribui ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil a realização de uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) das soluções Montijo e Alcochete. Diploma que António Costa ordenou a revogação esta quinta-feira.
Fonte do Governo disse ao Expresso que o primeiro-ministro “desconhecia o despacho” publicado na quarta-feira e “apanhado de surpresa” na cimeira da NATO.
despacho publicado ontem também anulava o concurso público internacional para a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) que iria estudar três soluções para o reforço da capacidade aeroportuária: Humberto Delgado com Montijo como complementar, Montijo como aeroporto principal e Alcochete como aeroporto de raiz substituindo o Humberto Delgado. O concurso foi ganho pelo consórcio constituído pela portuguesa COBA e pela INECO, detida por empresas na dependência do Ministério dos Transportes espanhol. @ Sapo

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