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quinta-feira, 21 de julho de 2022

ciência pode ter encontrado a razão para os homens terem uma esperança média de vida mais baixa do que as mulheres

Cientistas da Universidade de Virgínia, nos EUA, descobriram novas pistas que podem explicar porque os homens têm uma menor esperança média de vida em comparação com as mulheres.

"Particularmente depois dos 60 anos, os homens morrem mais rapidamente do que as mulheres. É como se envelhecessem biologicamente mais rapidamente”, explica Kenneth Walsh, professor da Universidade de Virgínia, e autor do no novo estudo, publicado na revista Science. A investigação sugere que a explicação pode estar na perda do cromossoma Y em parte das células, que se estima afetar cerca de 40% dos homens com 70 anos, e que pode provocar cicatrizes no músculo cardíaco e levar à insuficiência cardíaca mortal.

As mulheres têm dois cromossomas X e os homens têm um cromossoma X e um cromossoma Y. Estudos anteriores revelaram que a perda do cromossoma Y tinha consequências na saúde dos homens, nomeadamente doenças relacionadas com a idade, como a Alzheimer, ou doenças como a diabetes ou o cancro. Esta pesquisa é inovadora porque relaciona diretamente a perda do cromossoma Y com o risco mortal de insuficiência cardíaca.

Para entender os efeitos da perda do cromossoma Y no sangue, os investigadores utilizaram a tecnologia de edição de genes CRISP para o desenvolvimento de um modelo de rato-doméstico, o chamado murganho, sem o cromossoma Y em algumas células da medula. Os investigadores descobriram que estes roedores tinham mais propensão a doenças de coração e doenças relacionadas com a idade, levando a uma morte precoce.

A investigação incluiu também a análise dos efeitos da perda do cromossoma Y nos humanos, ao realizarem três análises de dados genéticos compilados do UK Biobank. A descoberta revelou que à medida que a perda de cromossomas aumentava, o risco de morte e do aparecimento de doenças cardiovasculares e insuficiência cardíaca também aumentava.

A esperança pode estar num medicamento, a pirfenidona, aprovada em 2011 na União Europeia e que está a ser testado para o tratamento da insuficiência cardíaca. @ Sapo 

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