de Luís Delgado |
Multiplicando exponencialmente as infeções, aumentam proporcionalmente os casos mais graves, e cresce aritmeticamente a mortalidade.
A BA.5 já foi destronada por mais uma sub-variante, de uma sub-variante (começa a ser confuso), a «Centaurus», ou BA.2.75, que parece passar por todas as barreiras imunológicas. Atribuir um nome próprio a uma variante é, desde logo, um mau sinal. A Delta ou a Omicron já só se encontram em museus, ou numa gaveta escondida na nossa memória, tal é a rapidez e o número de mutações que este vírus produz. Há, de novo, um alerta mundial com a Covid.
Para nosso suposto descanso, as notícias ainda apontam para distantes países e continentes com esta sub-variante, mas essa conversa não pega. Pelo que já se sabe, a OMS está a acompanhar de perto esta «sub», que se propaga muito mais rapidamente do que a BA.5, e que atirou Portugal, há muito pouco tempo, para contágios e mortes surpreendentes. O Centro Europeu de Controlo de Doenças recomenda uma aceleração na aplicação da 4ª dose das vacinas, tomando como métrica temporal provada, que a imunidade por contágio, ou induzida por vacina, tem, apenas, um prazo de segurança de escassos dois meses.
A guerra na Ucrânia e a fadiga noticiosa desviou as atenções da Covid, mas o vírus não parou a sua notável habilidade de se transformar, variar, e converter numa arma cada vez mais perigosa e mortal. Multiplicando exponencialmente as infeções, aumentam proporcionalmente os casos mais graves, e cresce aritmeticamente a mortalidade. É mais uma vaga que vai dizimando os mais velhos, os mais fracos, e os mais doentes. Mas passa por todos.
Países com a «Centaurus» em elevada progressão já estão a aplicar regras restritivas básicas, como o uso da máscara em todos os espaços fechados, e certamente que Portugal não escapará a essa medida indispensável. Por muito que a ministra da Saúde possa estar distraída ou desconcentrada, conviria recomeçar a prestar atenção, de novo, aos nossos médicos, técnicos e cientistas. Esta sub-variante vai chegar, ou já cá está, e é necessário acelerar a 4ª dose, mas de uma forma universal. @ Visão Sapo
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