Numa altura em que o encerramento dos serviços de ginecologia e obstetrícia por falta de profissionais continua a preocupar, Portugal teve, em 2020, a pior taxa de mortalidade materna dos últimos 38 anos.
Marta Temido foi esta quarta-feira ouvida em comissão parlamentar sobre a política geral do Ministério da Saúde.
A ministra parabenizou todas as escolhas que permitiram que o SNS vencesse a luta contra a Covid-19, mas não sem admitir algumas falhas: "Sabemos bem que o SNS enfrenta problemas na resposta, sobretudo na retenção e motivação dos profissionais de saúde. Os últimos dias têm-no demonstrado."
Das várias reações, o deputado Ricardo Batista Leite referiu: "É importante para as mulheres grávidas que estão em casa a assistir a todo este cenário saibam o que falhou e o que é que foi corrigido. Isto toca, inevitavelmente, a questão da mortalidade materna. Portugal apresentou, para 2020, a pior taxa de mortalidade materna dos últimos 38 anos. Desde 1982 que não assistíamos a uma taxa de mortalidade [tão alta]. Foram 17 mulheres que morreram ou durante a gravidez, ou durante o parto ou durante o puerpério (até 42 dias após o parto)", alertando para a tendência que se verifica já desde 2019.
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