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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

saúde: maus hábitos alimentares, sedentarismo, solidão e ansiedade “matam” o cérebro

Falhas de memória, dificuldade de concentração ou na capacidade para fazer um raciocínio simples, fintam-nos com frequência. Aqui, não é alheio o acelerado estilo de vida moderno. Má “dieta” para o cérebro, carente de novas experiências. Atenta à forma como devemos estimular o cérebro, a psicóloga Sandra de Carvalho Martins elaborou um plano de exercícios divertidos e práticos. Sistematizou-os no livro “Um cérebro à prova de cansaço”. Conversámos com a autora e viajámos ao vasto território que é o cérebro humano.

É ávido de novas experiências, curioso, desperto; sempre em aprendizagem, independentemente da idade, o cérebro está em constante mudança e adaptação. Este órgão é um mundo povoado por 86 mil milhões de neurónios e responsável pela intuição, imaginação, ação, escrita, emoção, consciência. Contudo, tendemos a não o exercitar, acomodando-o a tarefas rotineiras e pouco estimulantes.
Preocupada com a saúde do cérebro dos portugueses, a psicóloga Sandra de Carvalho Martins deu aos escaparates o livro “Um cérebro à prova de cansaço” (edição Planeta). Cansaço que é efeito colateral, entre outros, do modo de vida moderno, do stress, de pouco tempo para o lazer e de maus hábitos de sono. Uma má “dieta” para o cérebro que, não raro, traz falhas de memória, dificuldade na concentração ou na habilidade para fazer um raciocínio simples.
Sandra de Carvalho Martins propõe na sua obra mais de 200 exercícios divertidos e práticos, para o treino das capacidades mentais, quatro para cada dia, ao longo de sete semanas.
Com a psicóloga fazemos uma viagem ao mundo do nosso cérebro, abordando questões como a melhor “dieta” para este órgão com 1,5 kg: “uma boa escolaridade (tanto quanto nos for possível), um estilo de vida intelectualmente estimulante, uma alimentação equilibrada, a prática de exercício físico de forma regular, bons hábitos de sono, o envolvimento social, a meditação, a posse de um bom autoconceito e de uma boa autoestima”, resume Sandra Martins.
Conversa que não esquece as redes sociais e o muito tempo que lhes dedicamos. Moderação é, aqui, palavra de ordem, até porque estamos a subtrair tempo a outras atividades que muito mais bem-estar nos poderiam proporcionar, e muito mais contribuiriam para a saúde do nosso cérebro. @ Sapo 

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