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terça-feira, 10 de maio de 2022

um sensor para antecipar ataques de epilepsia e prevenir morte súbita

Projeto do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde pretende desenvolver um sensor que permitirá fazer "pela primeira vez" uma avaliação contínua "totalmente automatizada e ilimitada de risco de morte súbita".

 Gonçalo Villaverde / Global Imagens
Investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) lideram um projeto, financiado em quatro milhões de euros, que visa criar o primeiro sensor subcutâneo para antecipar ataques de epilepsia e prevenir a morte súbita.
Em comunicado, o instituto da Universidade do Porto adianta esta sexta-feira que o projeto, intitulado NEUROSENSE, arranca em junho e visa, ao longo dos próximos quatro anos, criar um dispositivo para antecipar ataques de epilepsia e prevenir a morte súbita através da administração automática de fármacos.
A morte súbita em epilepsia é a principal causa de morte relacionada com a doença, não existindo "qualquer dispositivo médico preditivo ou tratamento preventivo disponível" atualmente.
"A criação de um sensor que acompanhe o paciente reveste-se de particular importância", salienta o i3S.
Citado no comunicado Carlos Conde, investigador líder do projeto, esclarece que o dispositivo médico é "um pequeno aparelho de três a quatro centímetros que está desenhado para ser aplicado sobre a pele" e que, através de micro-agulhas e micro-capilares, consegue "extrair e processar o fluido intersticial de forma contínua".
O sensor permitirá fazer "pela primeira vez" uma avaliação contínua "totalmente automatizada e ilimitada de risco de morte súbita" por epilepsia através da "utilização de elementos de bioreconhecimento sintéticos e semissintéticos".
De acordo com Carlos Conde, o sensor permitirá ainda às empresas farmacêuticas "desenvolver a primeira geração de fármacos" com o intuito de prevenir a morte súbita por epilepsia, "cumprindo a sua contribuição para a erradicação da principal causa da morte" relacionada com a doença.
"O projeto encontra-se numa posição única para ter sucesso e aumentar a competitividade europeia na área da epilepsia, especificamente no domínio estratégico dos dispositivos médicos de epilepsia orientada por Inteligência Artificial", acrescenta Carlos Conde.
Financiado em quatro milhões de euros pelo Programa Pathfinder Open do Conselho Europeu de Inovação, o projeto resulta de uma colaboração com a startup portuguesa BIOSTRIKE e com a Karolinska Institutet (Suécia), Centre National de la Recherche Scientifique (França), Centre Hospitalier Universitaire Vaudois (Suíça), Filadelfia Epilepsy Hospital (Dinamarca) e Kinetikos - Driven Solutions S.A. (Portugal).
O Pathfinder Open é um instrumento financeiro que visa o desenvolvimento de novas tecnologias inovadoras, disruptivas e revolucionárias, em estágio inicial e de diversas áreas. @ DN

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