A área Covid-19 do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ), no Porto, está “totalmente ocupada”, motivo pelo qual será definido nos próximos dias se se aumenta este espaço para outras enfermarias, avançou nesta quinta-feira o presidente do conselho de administração.
“Em termos de internados temos entre 50 a 60 casos, a área Covid-19 está totalmente ocupada, por isso, vamos observar nos próximos dias se teremos de aumentar ou não para outras enfermarias, tal como fizemos nas outras vagas para dar resposta à atual procura”, afirmou Fernando Araújo à entrada para a apresentação do livro “Saúde em Portugal — Pensar o Futuro”, na Santa Casa da Misericórdia do Porto.
O crescimento do número de casos tem-se
feito sentir neste Centro Hospitalar a dois níveis, nomeadamente no acesso ao
serviço de urgências que tem gerado uma “enorme pressão” no mesmo e no número
de profissionais de saúde que estão infetados diminuindo a capacidade de
resposta.
O presidente assumiu que nas urgências a
“pressão está muito elevada”, tendo necessidade de ter um plano de
contingência para dar resposta a essa procura.
Contudo, Fernando Araújo espera que o
facto de o Governo ter decidido que, a partir do final da semana, quem
tiver um autoteste positivo para o vírus SARS-CoV-2 e ligar para a
linha Saúde 24 tenha acesso a uma prescrição automática para teste rápido de
antigénio possa reduzir o número de utentes que recorre às urgências
e, assim, limitar a “procura excessiva”.
Já sobre um possível regresso do
Hospital de Campanha do INEM, desmontado a 30 de agosto de 2021, Fernando
Araújo foi perentório em dizer que “de modo algum”.
E já quanto ao regresso do uso de
máscara obrigatório, Fernando Araújo entendeu que cada pessoa deve ser
“gestora do próprio risco” e de forma autónoma tomar a decisão de usar ou
não. @ Observador
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