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terça-feira, 17 de maio de 2022

Covid-19: Portugal deve “voltar atrás” perante o aumento de infeções, defendem especialistas



Numa altura em que se regista um aumento de infeções por Covid-19 em Portugal, os especialistas consideram que deveria haver um recuo no alívio de restrições, sob pena de a situação se descontrolar.
Em declarações à ‘SIC Notícias’, Gustavo Tato Borges, Presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP), considera “que o levantamento do uso obrigatório de máscara nos espaços fechados foi feito depressa demais”.
“A opinião de alguns especialistas era a de levantar apenas (a máscara) nas escolas e se agora tivéssemos essa realidade, com certeza não tínhamos 250 mil casos a mais. Precisamos de perceber até que ponto será necessário voltar atrás”, afirmou.
Da mesma opinião é Miguel Castanho, investigador principal do Instituto de Medicina Molecular. “O Governo tinha um plano e deixou de o ter. Abandonou as medidas antes de conseguir o seu objetivo que era o controlo da mortalidade”, sublinhou.
Acho que se a situação começar a piorar e a mortalidade persistir em valores altos, nós podemos ser forçados a voltar atrás”, referiu acrescentando que “se a situação se agrava nós não devemos aliviar medidas”.
Tato Borges acrescenta: “Vamos na quinta subvariante da Ómicron em cinco meses, e portanto, precisamos de ter algum cuidado, até que o vírus se estabilize, crie uma normalidade nesta situação e nós possamos começar a libertar e a tratar esta doença como mais uma gripe”.
Portugal registou, entre 3 e 9 de maio, 99.866 infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2, 142 mortes associadas à covid-19 e um aumento do total de internamentos, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O boletim epidemiológico semanal divulgado na semana passada, em relação à anterior, mostra que se registaram mais 23.746 casos de infeção, verificando-se também mais 15 óbitos na comparação entre os dois períodos.
Quanto à ocupação hospitalar em Portugal continental por covid-19, a DGS indica que, na última segunda-feira, estavam internadas 1.207 pessoas, mais 88 do que no mesmo dia da semana anterior, com 59 doentes em unidades de cuidados intensivos, menos um.
De acordo com os dados da DGS, a incidência a sete dias estava, na semana passada, nos 970 casos por 100 mil habitantes, tendo registado um crescimento de 31% em relação à semana anterior, enquanto o índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus SARS-CoV-2 passou de 1,03 para os 1,13. @  Sapo 

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