O Ministério da Agricultura e Alimentação reconheceu no dia 8 de maio a situação de seca severa e extrema em cerca de 40% do território nacional.
Em comunicado, o ministério revelou que, segundo o índice PDSI — Palmer Drought Severity Index, se verificou no final de abril "um agravamento da intensidade de seca em relação aos meses anteriores, com cerca de 40 municípios na classe de seca severa e 27 na classe de seca extrema, uma superfície equivalente a cerca de 40% do território".
De acordo com a última reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca contribuíram para esta situação os valores das temperaturas média e máxima acima do normal, bem como o registo de ondas de calor. Somando à reduzida precipitação durante o mês de março e abril, este contexto resultou num baixo teor de água no solo, com maior incidência a sul do país, onde a situação de seca meteorológica tem persistido nas bacias hidrográficas do Sado, Mira, Arade e das Ribeiras do Algarve.
"Esta situação meteorológica afeta fortemente a atividade agrícola e o rendimento dos agricultores. É de máxima importância o reconhecimento desta realidade para que possamos ajudar os agricultores. É uma situação que sinalizamos na semana passada, no Luxemburgo, na última reunião Agrofish e esperamos da Comissão um apoio firme para fazer face a esta situação estrutural", afirmou a ministra no mesmo comunicado.
Esta declaração formal da situação de seca severa e extrema nesta altura do ano permite assim a aplicação de um conjunto de medidas que necessitam de aprovação da Comissão Europeia, tal como como o pastoreio em áreas de pousio antes de 31 de julho, a flexibilização da alimentação dos animais em Modo de Produção Biológica, entre outras. @ Jornal de Negócios
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