Mais um trabalho subordinado ao tema do desafio: "Avó/avô, como era viver antes do 25 de abril de 1974?" . Desta feita, o autor é o Daniel Silva, aluno do 9.º K, que entrevista o seu avô paterno.
Do Estado Novo ao
Pós 25 de Abril
Em 1970, foi chamado para a guerra do Ultramar. Durante esse tempo, foi primeiro-cabo e operador cripto do sistema de transmissões, na Guiné, em 70/72, e por coincidência é o meu avô paterno. Chama-se Diamantino José Cruz Santos Silva, tem 74 anos e nesta foto tirada em 1970 na Guiné, é o que está no meio.
livro de
leitura da 4.ª classe
Houve algum problema relacionado com a PIDE?
a PIDE imagem do "Blogue Expressão”
“A lição de
Salazar”- propaganda aos valores do Estado Novo
chegada do homem à Lua |
Quais as notícias que chegavam do estrangeiro?
Guerra do Vietname |
Como é que a juventude se costumava divertir?
Divertíamo-nos com idas à praia, nos bailes de garagem e em associações recreativas.
Faziam-se imensos piqueniques e idas à praia a pé, porque não havia dinheiro suficiente para transportes nesse tempo.
Não tínhamos televisão, porém, havia
o telejornal, desenhos animados, o Festival da Canção e inúmeros concursos.
Onde estava no 25 de Abril? Como é que souberam o que se estava a passar?
Foram para a rua?
Estava a trabalhar, depois saímos para a rua para ver o que se passava e soubemos através da rádio que estava a haver um golpe de estado.
pessoas na rua no dia 25 de abril de 1974 |
Sentiram medo? Ou uma sensação de alegria?
As duas coisas, porque não se tinha a certeza do que iria acontecer naquele momento e no futuro.
Lembro-me dos cravos vermelhos como símbolos da liberdade e também dos sons da festa do povo.
panfleto comemorativo dos 49 anos do 25 de abril de 1974 |
Com este trabalho pude concluir que as pessoas antes do 25 de Abril viviam com pouca liberdade de expressão, salários baixos, com muitas restrições e dificuldades, sem direito à greve e sem direitos no trabalho.
Com o 25 de Abril, tudo mudou, deixando-os com mais liberdade, com menos dificuldades e com mais direitos sociais.
FIM
(O CRESCER alterou um pouco a formatação do trabalho original, por uma questão prática de edição. Muito agradece a colaboração da professora Sara Botelho e parabeniza o aluno Daniel Silva e o seu avô, Sr. Diamantino Santos Silva.)
1 comentário:
Gostei muito e identifico-me com o que li na entrevista!
Portugal era triste, um país amordaçado e cinzento!
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