Os diretores de escolas públicas consideram que deve decorrer nos próprios
estabelecimentos a vacinação de professores e pessoal não docente,
incluídos hoje pela Direção-Geral da Saúde nos grupos prioritários da fase 1 da
vacina contra a covid-19.
“Era uma mais-valia, evitaria milhares de deslocações dos professores e
pessoal não docente, mas com certeza que a DGS já tem isso planeado. Estamos
dispostos a colaborar, se nos for pedida a opinião, mas essa opinião é de que é
preferível que se realize nas escolas”, disse à agência Lusa o presidente da
Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).
Filinto Lima lembrou que são “dezenas ou centenas de milhar de
profissionais” a serem vacinados, uma vez que a medida abrange os setores
público, privado, social e cooperativo, e defendeu também que a campanha de
vacinação “poderá decorrer em simultâneo” com a reabertura das escolas.
Admite, no entanto, que essa decisão deve ser tomada “pelos médicos
especialistas”, apesar de sublinhar que a medida também vem “dar confiança às
comunidades educativas” no regresso que se prevê “gradual”.
“Recordo que estamos com cerca de 80 dias úteis de aulas ‘online’ nos
últimos 12 meses, o que equivale a dois períodos letivos para muitas crianças e
jovens. São muitos dias de aprendizagens que vão ter de ser recuperadas e consolidadas.
Portanto, também gostaríamos que os nossos alunos regressassem às escolas o
mais rapidamente possível”, justificou.
O presidente da ANDAEO só “hoje de manhã” teve conhecimento da
alteração da norma da DGS, que deixa os diretores “satisfeitos” por se tratar
de uma reivindicação que já tinha sido apresentada “há meses”, mas admitiu que
ainda nada sabe em concreto sobre o processo.
“Só espero que não seja um anúncio de vapor, daqueles que se fazem com
pompa e circunstância e que, depois, se dissipam rapidamente e desaparecem”,
desabafou.
A DGS incluiu hoje nos grupos prioritários da fase 1 para a vacina
contra a covid-19 os professores e o pessoal não docente.
Estão abrangidos os que trabalham nos estabelecimentos de ensino e educação e nas respostas sociais de apoio à infância dos setores público, privado e social e cooperativo, “de acordo com o plano logístico que será implementado”, esclareceu a DGS. @ Sapo
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