Em fevereiro de 2020, sem que ninguém soubesse, o novo coronavírus já circulava silenciosamente no país. Até ao fim de março, entraram 277 pessoas infetadas vindas de 36 países diferentes. Os dois primeiros casos surgiram a 2 de março, faz agora um ano.
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| ilustração mónica damas |
A 1 de fevereiro de 2020, um grupo de turistas chineses aterrou nos Açores num avião particular. Tinham saído há mais de uma semana de Hong Kong para ver a aurora boreal na Islândia, mas foi-lhes recusado o desembarque. Tentaram as Bahamas e a República Dominicana, também sem sucesso. Vários países tinham já cancelado as ligações aéreas com a China, onde se contabilizavam mais de 200 mortes devido ao novo coronavírus. Chamadas ao aeroporto, as autoridades de saúde regionais dos Açores confirmaram que os 11 passageiros não tinham sintomas nem tinham estado em Wuhan, o epicentro da epidemia e, por isso, segundo as regras então em vigor, não eram sequer casos suspeitos. O grupo desembarcou, passou uma noite em São Miguel e seguiu viagem no dia seguinte. Tal como acontecia com os milhares de passageiros que aterravam diariamente no aeroporto de Lisboa. Nessa altura, em Portugal, a pandemia parecia ser ainda uma realidade distante e só um mês depois, a 2 de março, apareceriam os dois primeiros casos. (Ler mais aqui.)
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