Lei que os proibia devia entrar em vigor na passada quinta-feira, mas em vez disso o Governo vai passar a cobrar aos clientes por sacos de plástico transparentes, usados para pão, fruta e legumes.
Depois de em 2015 ter passado a taxar os sacos
de plástico leves, o Governo prepara-se agora para fazer o mesmo com os
sacos transparentes e ultraleves, utilizados para pão, fruta e legumes.
A
utilização deste tipo de sacos devia ser proibida a
partir de quinta-feira, 1 de junho, com a entrada em vigor de legislação
nesse sentido mas, avança o
Jornal de Notícias (JN) desta quarta-feira, o Governo recuou nessa intenção, preparando-se
agora para começar a cobrar também por estes sacos de utilização única para
embalamento primário ou transporte de produtos como pão,
frutas e legumes.
O ministério da tutela também não explicou
quanto vão passar a custar estes sacos, avançando apenas que a
contribuição será feita “à semelhança dos sacos de plástico leves”.
Recorde-se que, em 2015, quando passaram a ser custeados pelos clientes, o
valor imposto pelo Governo para os sacos de plástico leves, com asas, foi de
oito cêntimos mais IVA (10 cêntimos).
Em
sete anos, contabiliza o jornal, o Estado arrecadou 2,1
milhões de euros com esta alteração.
“No
futuro, deverá ser privilegiada a utilização de sacos próprios não descartáveis
ou alternativas reutilizáveis”, acrescentou ainda o MAAC na resposta enviada ao
JN, frisando estar, com esta alteração, a “ir ao encontro das normas europeias”.
Desde
a primeira hora, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED)
contestou a proibição deste tipo de sacos ultraleves, argumentando a falta de
“alternativas biodegradáveis e compostáveis” suficientes no mercado e alegando
motivos de “segurança alimentar e qualidade dos produtos”, explicou àquele jornal
Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da associação. @ Observador
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