Quando estamos a olhar para um ecrã, os olhos focam e desfocam os conteúdos que estamos a ver milhares de vezes.
Um estudo levado a cabo na Nova Zelândia, e publicado na revista científica British Contact Lens Association (BCLA), alerta para o aumento da fadiga ocular em crianças e adolescentes, mesmo aqueles que não têm outro problema de visão. Estima-se que o desconforto visual afete 70% a 90% da população adulta.
Quando estamos a olhar para um ecrã, os olhos focam e desfocam os conteúdos que estamos a ver milhares de vezes. Os investigadores avaliaram o número de piscares de olhos espontâneos comparando com o uso de ecrãs por parte dos 456 participantes de uma conveção de jogos que decorreu em Auckland, na Nova Zelândia.
As idades dos participantes estariam compreendidas entre os 13 e os 75 anos. O que se concluiu foi que o tempo de ecrã prolongado na população jovem, foi associado ao comportamento de piscar incessantemente os olhos e aos sintomas consistentes com olhos secos e fadiga ocular.
A secura ocular é fruto da diminuição do número de piscadas de olhos, já que os ecrãs dos telemóveis, tablets e computadores estimulam os olhos numa frequência que deixa o organismo em alerta. Como resultado, pisca-se menos os olhos.
Pediatras e especialistas em oftalmologia defendem que deve existir uma maior controlo por parte de pais e tutores no que diz respeito ao uso de ecrãs durante períodos de tempo prolongados. O facto de os ecrãs estarem muito próximos dos olhos, sobretudo no caso dos telemóveis, contribui também para a alteração do formato do globo ocular.
Esta modificação da forma do olho acaba por contribuir para outras condições oftalmológicas, incluindo a miopia, ou seja, dificuldade em ver bem ou focar objetos ao longe, surjam cada vez mais cedo.
O tratamento da fadiga ocular obriga a mudanças obrigatórias nos hábitos relacionados com ecrãs. Como prevenção, a recomendação é que a cada hora em frente às telas, os olhos descansem durante dez minutos. Também é preciso diminuir a luminosidade dos aparelhos e posicioná-los a uma distância de pelo menos 60 centímetros, abaixo do nível dos olhos.
Usar gotas lubrificantes, óculos e lentes de contato também fazem parte do tratamento proposto. O estudo concluiu que intervenções educacionais e desenvolvimento de orientações oficiais sobre o uso do ecrã, pode ajudar a prevenir uma degradação acelerada da saúde da superfície ocular dos mais novos. @ Sapo
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