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terça-feira, 5 de abril de 2022

alterações climáticas - inequívocas e irreversíveis?

A ciência é clara: as alterações climáticas são “inequívocas” e muitos dos seus impactos revelam-se já "irreversíveis".

Sean Gallup/Getty Images


Perto de metade da população da Terra (cerca de 3,6 mil milhões de pessoas) encontra-se exposta a eventos extremos como ondas de calor, secas, inundações, incêndios ou subida do nível do mar, de acordo com o relatório dedicado aos “Impactos, Adaptação e Vulnerabilidades" – elaborado pelo grupo II do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (conhecido pela sigla em inglês IPCC) e apresentado em fevereiro de 2022. 

O secretário-geral das Nações Unidas regista que "estamos num caminho para o aquecimento global de mais do dobro do limite de 1,5º acordado em Paris"De tal forma que a ONU corrige a previsão: se não houver uma mudança profunda, até ao final do século a temperatura pode aumentar 3,5º Celsius.
O aumento da exploração de combustíveis fósseis e a substituição de grandes extensões de floresta por campos agrícolas compromete o futuro. A única boa notícia é de que ainda é possível reverter a situação.
Dito de uma forma simples, [os líderes mundiais] estão a mentir e os resultados serão catastróficos. Isto é uma emergência climática
António Guterres 

         Secretário-geral da ONU

"A grande mensagem que vos transmitimos, as atividades humanas conduziram-nos a este problema e a ação humana pode tirar-nos de novo dele e penso que essa é a mensagem de esperança que estamos a tentar transmitir neste relatório. Nem tudo está perdido. Temos realmente a oportunidade de fazer alguma coisa," diz James Skea, co-autor do relatório do IPCC.

Os especialistas dizem que, para evitar a catástrofe, as emissões globais devem ser reduzidas em 45% nos próximos oito anos.

Os dados mostram que 40% dos gases vêm da Europa e da América do Norte. Cerca de 12% pode ser atribuído à Ásia Oriental, que inclui a China. (daqui Expresso e daqui euronews)

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