Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, 25 de abril de 2022

48 anos de 25 de abril

daqui

COMO EXPLICAR O 25 DE ABRIL ÀS CRIANÇAS

O seu filho perguntou-lhe porque é que é tão importante o feriado do 25 de abril e não sabe como explicar? Nós ajudamos!

Aproxima-se o 25 de Abril, uma data marcante para a História de Portugal e para todos os cidadãos do nosso país… até para os mais pequeninos! Por vezes, pode não ser fácil passar para o público infantil esta história tão enraizada no mundo dos adultos. O truque é sempre simplificar e contar o essencial. Neste artigo deixamos-lhe algumas ideias que podem ajudar.

A Ditadura e Portugal antes do 25 de Abril
Há uma centena de anos atrás, Portugal entrou numa Ditadura. Isso significava que as pessoas não tinham nenhuma liberdade e quem governava decidia quase tudo por elas. Ninguém era livre de dizer aquilo que pensava como fazemos hoje, ou de escolher o destino de viagem que queria fazer com a família…. Havia alguns livros, música e filmes que estavam proibidos e até mesmo algumas bebidas e alimentos! Se as crianças queriam comer doces só os encontravam se fossem mesmo a Espanha buscá-los.

Quem governava durante estes quase 50 anos que durou a Ditadura em Portugal, foi um homem chamado Salazar. Por esta razão este período da História é conhecido como salazarismo ou Estado Novo. Hoje em dia, no regime político onde nos encontramos que é uma Democracia, todos temos direito ao voto, podemos escolher quem queremos que nos governe e somos todos iguais em direitos. Ninguém nos pode obrigar a votar numa determinada pessoa ou partido, somos livres. Naquela altura não era nada assim! As pessoas eram obrigadas a votar naquele governo, as mulheres só podiam votar se tivessem feito o ensino secundário, algo que era muito difícil devido às circunstâncias e sabem o que acontecia se, por alguma razão, alguém decidisse não cumprir as ordens? Se alguém mostrasse uma opinião contrária? Era torturado ou até morto.

Ano após ano, nada mudava. Portugal ficava muito atrasado em relação aos outros países, que iam progredindo, iam tendo novas ideias… E o nosso país parecia ter ficado estancado no tempo. Que ia ser de Portugal?

A revolução do 25 de Abril
Como era de esperar, os cidadãos começaram a ficar muito fartos de tudo o que sucedia à sua volta. Parecia-lhes injusto não poderem dizer aquilo que pensavam ou comer o que bem entendiam e andar com o livro que lhes apetecia debaixo do braço. Provavelmente, nós também não íamos achar graça nenhuma se vivêssemos naquele tempo…
Foi então que os militares portugueses se reuniram para fazer um plano: o exército, a marinha e a aviação. A ideia era basicamente deitar aquele Estado Novo abaixo, sem que o governo pudesse fazer nada para o impedir. Esta ação conhece-se como golpe de estado. E adivinhem qual foi o dia em que programaram este golpe? Sim exatamente, foi o dia 25 de abril de 1974.

Este golpe de estado do dia 25 de Abril, ficou também muito conhecido como “Revolução dos Cravos”. Normalmente o que acontece nestas revoluções é que há uma grande dose de violência, sofrimento, feridos e até pessoas que morrem. Mas Portugal, deu o exemplo ao mundo de que se pode triunfar sem necessidade de disparar e abrir fogo.

Em vez de disparar balas, os militares colocaram cravos vermelhos nos canos das suas armas, oferecidos por uma florista que ia a passar e tinha essas flores na mão. Não houve uma única morte e mesmo assim, a revolução triunfou. A frase mais conhecida daquele dia foi “O povo unido jamais será vencido”!

A partir de então, as pessoas voltaram a ser livres. Já podiam dizer aquilo que pensavam, ler os livros que queriam e relacionar-se com todos sem medo. Portugal começou a ter novas ideias e a tentar acompanhar o resto da Europa que já estava mais avançada. Deixou de haver só um partido político e os cidadãos começaram a poder votar sem se sentirem pressionados.

A Revolução dos Cravos marcou o início do regresso à liberdade em Portugal. É por isso que é um feriado nacional e um festejo em todo o país. (daqui)

Sem comentários: