O relatório de 2022 da Agência Espacial Europeia (ESA na sigla em Inglês) sobre ambiente espacial realça que a quantidade de lixo espacial continua a aumentar significativamente. Segundo o relatório, foram registados 30.920 detritos na órbita terrestre. O relatório revela também que estão a ser lançados cada vez mais satélites para o espaço, nomeadamente constelações de pequenos satélites de comunicações, e poucos são removidos da órbita baixa da Terra, "fortemente congestionada", após o fim da sua missão.
Segundo a ESA, existem atualmente no espaço 8.300 satélites, dos quais 5.400 estão ativos. Muitos satélites têm de ser desviados de objetos (foguetões, naves, satélites...) que foram lançados há várias décadas e se fragmentaram.
Em abril, um dos satélites do programa europeu de observação da Terra Copernicus teve de fazer uma manobra para evitar a colisão com um fragmento de um foguetão lançado há 30 anos.
Nem todos os detritos espaciais estão catalogados e rastreados. Partindo de modelos estatísticos, a ESA estima que existem 36.500 detritos com mais de 10 centímetros, mais de um milhão com tamanho variável entre 1 e 10 centímetros e 130 milhões com 1 milímetro a 1 centímetro.
Com lançamento previsto para 2025, a missão ClearSpace-1 será a primeira da ESA dedicada à remoção de lixo espacial, no caso um pedaço de um foguetão enviado em 2013.
O registo mais recente de queda de lixo espacial em Portugal ocorreu a 23 de janeiro em Trás-os-Montes. O que muitos julgaram ser um meteoro trava-se afinal da reentrada do satélite Starlink-2200 da spaceX na Terra, segundo o investigador Nuno Peixinho, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA). (daqui e daqui)
cortesia do envio de Constância Silva, docente colaboradora do CRESCER
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