A taxa de abandono precoce da educação e formação em Portugal aumentou no ano passado para 8%, quebrando a tendência gradual de diminuição que se registava desde 2017, segundo informação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
Depois de seis
anos consecutivos de queda do número de alunos a abandonar a escola antes do
tempo, o INE revela agora que, no ano passado, esta tendência foi quebrada.
Em 2023, houve
um aumento de 1,5 pontos percentuais da taxa de abandono escolar em Portugal,
passando de 6,5 para 8%.
Apenas os
alunos das ilhas dos Açores mantiveram a tendência de diminuição da taxa de
abandono, descendo de 26,1% em 2022 para 21,7% no ano passado. No entanto,
estes números revelam que existem três vezes mais casos de abandono nas
ilhas.
Em Portugal
continental, registou-se um aumento no ano passado, mas as taxas são bem mais
baixas: 5,9% em 2022 e 7,6% no ano passado.
O abandono
precoce é um problema que continua a afetar mais o sexo masculino: quase um em
cada dez rapazes (9,8%) deixou de estudar antes do tempo em 2023, ao passo
que entre as raparigas a taxa desce para os 6,1%.
No continente,
o Algarve é a região mais problemática, com 16% de abandono, ou seja, mais do
dobro das taxas registadas nas restantes regiões do país.
O norte volta
a ser a zona onde os alunos menos desistem de estudar (6,2%), seguindo-se o
centro e a área metropolitana de Lisboa, ambos com taxas de 7,9%.
O abandono
escolar caracterizava, em 2016, 14% dos jovens portugueses e, desde então, veio
a cair: em 2020 chegou aos 8,9%, tendo ficado abaixo do objetivo traçado para
esse ano e, pela primeira vez, abaixo da média europeia.
A União
Europeia estabeleceu como meta para 2030 uma taxa de abandono escolar precoce
abaixo dos 9%.
A taxa de abandono escolar permite identificar a percentagem de jovens que não concluiu o ensino secundário, nem se encontra a frequentar qualquer modalidade de educação e formação. Fonte: Sapo
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