A ação de rua
“Professores na campanha” vai decorrer nos dez dias úteis da campanha eleitoral
para as legislativas em todas as capitais de distrito e regiões autónomas.
Em conferência de
imprensa, o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, detalhou as três ações
previstas até às eleições legislativas de 10 de março.
A ação de rua
“Professores na campanha” vai decorrer nos dez dias úteis da campanha eleitoral
para as legislativas em todas as capitais de distrito e regiões autónomas.
De norte para sul, em
dois distritos por dia, sempre às 10h e às 15h (com exceção de Funchal e Ponta
Delgada, ambas às 10 horas), os professores vão concentrar-se em plenários e
fazer circular quatro petições – que já reúnem as assinaturas necessárias para
serem discutidas na próxima legislatura – sobre carreiras, precariedade,
condições de trabalho e aposentações.
Conheça o calendário:
– 26 de fevereiro: Viana do
Castelo | Braga
– 27 de fevereiro: Vila Real |
Bragança
– 28 de fevereiro:
Porto | Aveiro
– 29 de fevereiro:
Viseu | Guarda
– 1 de março: Coimbra
| Leiria
– 4 de março: Castelo
Branco | Portalegre
– 5 de março:
Santarém | Lisboa
– 6 de março: Setúbal
| Évora
– 7 de março: Beja |
Faro
– 8 de março: Funchal
| Ponta Delgada
Em reuniões internas
desde o dia 01, os sindicatos da FENPROF aprovaram uma posição sobre as
eleições legislativas de 10 de março, na qual consideram “desejável” que não
haja uma maioria absoluta e consideram “muito negativo” um eventual crescimento
da extrema-direita.
Nesse contexto,
apelam aos professores para se inteirarem dos programas eleitorais e anotarem
as promessas dos partidos. “Convém ver as letras pequeninas”, alertou Mário
Nogueira.
Os sindicatos da
federação aprovaram ainda o caderno reivindicativo para entregar aos partidos
políticos, que fixa objetivos além da recuperação do tempo de serviço.
A valorização da
profissão, o reforço dos recursos da escola pública e o aumento do
financiamento público da educação são as grandes linhas do documento, no qual a
FENPROF volta a propor um “protocolo negocial” a ser firmado com “a próxima
equipa do Ministério da Educação“, válido para toda a legislatura.
Para a federação, a
valorização dos docentes passa por recompor a carreira, atualizar os salários,
eliminar a precariedade, regularizar os horários, criar regimes específicos de
aposentação e de mobilidade por doença e assegurar o respeito pelos direitos
sindicais.
Simultaneamente, a
FENPROF propõe reverter a municipalização das escolas e “democratizar” a sua
gestão, acabando com os mega agrupamentos, bem como reforçar a autoridade do
docentes, “criando condições para combater a indisciplina, evitar a violência e
elevar o prestígio social” dos professores.
No documento, a
federação recorda que o investimento na educação está longe de atingir os seis
por cento do Produto Interno Bruto (PIB) recomendados pelas organizações
internacionais. O “subfinanciamento (…) está a tornar-se crónico e (…) poderá
pôr em causa a escola pública no prazo de dez anos”, antecipa.
Nas quatro reuniões
já realizadas — com BE, PCP, PAN e Livre –, as propostas foram bem acolhidas,
adiantou Mário Nogueira, em resposta à Lusa.
“Estes quatro partidos têm apresentado propostas para dar resposta a muitos dos problemas dos professores“, assinalou, frisando que “a educação tem de estar no topo das prioridades do próximo Governo”. Fonte: Sapo
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