O relatório evidencia ainda a crescente falta de professores, “tendo em 2022, continuado a ser mais elevado o número dos que se aposentaram do que o dos que terminaram os cursos de formação inicial”.
O Conselho Nacional de
Educação (CNE) divulgou hoje o relatório sobre o estado da educação em 2023,
onde conclui que o envelhecimento da profissão de docente continua a aumentar,
com 53% dos docentes a ter idade superior a 50 anos e sendo residual o número
de docentes até aos 30 anos.
“Em 2023 o
problema agravou-se com o aumento das aposentações em mais de 44% e, já em
2024, no primeiro trimestre, esse número ultrapassa mesmo o que era o máximo
verificado no milénio, em 2013”.
A área
metropolitana de Lisboa é onde se encontram mais escolas com falta de docentes,
sendo as áreas de educação especial, português, informática, 1.º Ciclo, Inglês,
Geografia e Matemática, as mais afetadas.
O relatório
revela que as organizações internacionais do setor da educação consideram que
os Estados devem disponibilizar verbas no valor de 6% do PIB. No entanto, em
Portugal o financiamento da educação básica, secundária, superior, ciência e
tecnologia teve um financiamento de 10 626,28 milhões de euros, o que
corresponde a 4,38% do PIB português.
“Portugal
está longe desse valor no que, genericamente, toca à Educação; e se
desdobrarmos os dois domínios aqui considerados, foi de apenas 3% no que
genericamente se considera “ensino não superior”, e só de 1,3% para ciência,
tecnologia e ensino superior, menos de metade do recomendado para estas áreas”,
sublinha o relatório.
No relatório são ainda indicados cinco domínios problemáticos, que deverão ser considerados nas políticas públicas. A FENPROF considera que são “desafios que o próximo governo terá de enfrentar, recusando o caminho mais simples que seria ignorá-los”. Fonte Sapo
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