Os diamantes não caem
do céu… A não ser que estivéssemos no exoplanetas, os mundos gigantes, muitos
cobertos de gelo, que estão fora do nossos Sistema Solar, é o que revela uma
nova investigação científica.
O estudo recentemente publicado na ‘Nature Astronomy’ revela que a formação de diamantes em planetas gigantes afinal é mais fácil do que se pensava até agora.
Uma equipa liderada por Mango Frost, do
Laboratório Nacional do Acelerador SLAC em Menlo Park, Califórnia, EUA, com
mais de 50 cientistas de três continentes descobriu que que planetas gigantes,
especialmente os mais frios, podem estar repletos de diamantes, devido à
capacidade dos compostos de carbono de se transformarem em diamantes a
temperaturas menos extremas do que se acreditava anteriormente.
Esta abundância de diamantes nestes planetas
extrassolares distantes de nós levanta a possibilidade de existirem chuvas de
diamantes em até um terço dos mais de 5.000 descobertos até agora.
Ou seja os ‘melhores amigos das mulheres’,
como cantou Marylin Monroe, podem estar a cair do céu em 1900 destes ‘gigantes’
já por nós conhecidos e identificados.
“Os cientistas explicam que a compressão
adequada dos compostos de carbono é fundamental para a formação de diamantes
nesses grandes mundos, desafiando as conceções anteriores sobre as condições
necessárias para a criação destes minerais preciosos.
O estudo destaca a relevância deste processo
para a produção de nanodiamantes, que são necessário, por exemplo, em sensores
quânticos de alta sensibilidade.
Experiências em laboratório anteriores
geraram alguma confusão sobre as condições para a formação de diamantes em
gigantes de gelo como Úrano e Neptuno, mas Frost e o resto da equipa
demonstraram que os diamantes se podem formar a temperaturas mais baixas e
pressões menos extremas do que até agora se pensava.
As novas descobertas utilizam compressão
estática com aquecimento dinâmico, demonstrando a formação de diamantes a
temperaturas de aproximadamente 2.200 graus e pressões de 19 gigapascais,
condições semelhantes às do interior superficial de Úrano e Neptuno.
A investigação sugere que chuvas de diamantes podem ocorrer em planetas menores do que se previa, alterando nossa compreensão da dinâmica interna de planetas gigantes e até do nosso próprio Sistema Solar, já que estes valiosos minerais podem estar a formar-se em planetas em muito semelhantes a Úrano e Neptuno. Fonte: Sapo
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