Os trabalhadores do Global Media Group (GMG) estiveram ontem em greve, no mesmo dia em que terminava o prazo de adesão às rescisões voluntárias, para mostrar repúdio pela intenção de despedir até 200 profissionais e pela defesa do jornalismo.
“Contamos que hoje as publicações – falo do jornal O Jogo e dos restantes meios de comunicação social deste grupo – não saiam e que haja uma paralisação para mostrar como estamos unidos”, disse em declarações aos jornalistas o delegado sindical d’ O Jogo Frederico Bártolo.O delegado sindical disse acreditar que os trabalhadores vão receber os ordenados em atraso, mas sublinhou que a “luta é muito mais do que apenas o salário de dezembro”.
“O nosso lugar está em risco, 150 a 200 pessoas podem sair deste grupo de media que consideramos fundamental à democracia e que tem sido tão historicamente atacado por várias partes”, disse.
Os trabalhadores querem, disse, demonstrar à sociedade civil que estão a lutar “não só pelo salário deste mês, mas por todos os salários”, para que não vivam constantemente na incerteza.
A greve foi convocada pelo Sindicato dos Jornalistas (SJ), pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE-Norte) e pelo Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT), abrangendo todos os trabalhadores, independentemente da função.
Em 06 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva do GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.
Os trabalhadores não receberam o salário de dezembro, nem o subsídio de Natal que, segundo a administração, será pago em duodécimos durante este ano, o que viola a lei.
O grupo anunciou também o fim das prestações de serviços a partir de janeiro, num aviso com poucas horas de antecedência. Fonte: Sapo
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