A plataforma para
emissão dos cheques-livro no valor de 20 euros para jovens com 18 anos vai
estar a funcionar até ao final de março, afirmou hoje o presidente da
Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).
Em dezembro, o Conselho de Ministros aprovou
a concretização do cheque-livro, que conta com uma dotação de 4,4 milhões de
euros e será financiado através do Fundo de Fomento Cultural.
Esta medida, uma das últimas aprovadas para a
Cultura antes de o Governo entrar em gestão, implica a criação de uma
plataforma para operacionalizar a atribuição do cheque-livro através das
livrarias.
“Neste primeiro trimestre, essa plataforma
estará pronta e funcional, plataforma essa que foi sempre trabalhada entre a
DGLAB [Direção-Geral do Livro dos Arquivos e das Bibliotecas] e com a APEL, de
forma a que o processo seja fácil e intuitivo, quer para os miúdos de 18 anos,
a descontar o voucher, quer para os livreiros depois, a fazerem a sua
remissão”, adiantou à Lusa.
Como explicou o responsável, o cheque-livro
“funcionará com base numa plataforma, onde quem faz 18 anos irá validar essa
informação e automaticamente será debitado um ‘voucher’, com um ‘QR Code’, no
valor de 20 euros, que poderá depois descontar em toda a rede de livrarias que
sejam aderentes à plataforma”.
O cheque-livro é uma medida proposta pela
APEL, que defendia a atribuição de 100 euros aos jovens de 18 anos para a
compra de livros, mas o Governo decidiu fixar o valor em 20 euros e limitou o
benefício a cerca de 200.000 pessoas.
“O grande objetivo deste cheque-livro é que
seja recorrente, que não seja um episódio piloto feito num ano, porque
consideramos que isto é estrutural”, afirmou Pedro Sobral, referindo que em
países como Itália, França e Espanha, a introdução deste tipo de cheque levou a
um aumento da venda de livros.
Aliás, em alguns casos, como o italiano, a
medida começou pelo cheque-livro, mas “correu tão bem” que migraram para o
cheque-cultura, acrescentou.
“Sabemos que o hábito vai-se instalando. O
cheque-livro não é só a injeção de 20 euros, que para nós é insuficiente,
porque o valor que achávamos relevante era cem euros, mas não é critico, porque
é uma bola que se começa a mover, é uma forma de introduzir, nesta idade, não
só o hábito de comprar livros, mas de frequentar livrarias – as lojas ‘online’
ficam de fora -, para permitir essa experiência de um espaço que sabemos que é
espetacular”. Fonte: Sapo
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