O comprometimento cognitivo, descrito como uma névoa do cérebro, pode persistir durante meses em pessoas que estiveram infetadas com Covid-19, mesmo naqueles doentes que tiveram sintomas ligeiros, conclui um novo estudo.
O estudo, publicada na revista JAMA Network Open, concluiu que quase um quarto dos pacientes da Covid-19 relatou problemas ao nível da memória e, apesar de os doentes hospitalizados terem maior probabilidade de ter estes sintomas, pessoas que tiveram a forma da doença mais ligeira também demonstraram comprometimento cognitivo.
Em causa estão consequências no funcionamento executivo, velocidade de processamento e memória.
O novo estudo incluiu dados, de abril de 2020 a maio de 2021, sobre 740 pacientes Covid-19 sem histórico de demência. A idade média dos pacientes é de 49 anos. O funcionamento cognitivo foi avaliado em cada paciente e os cientistas analisaram a frequência de comprometimento cognitivo entre o grupo estudado.
As conclusões mostram que 15% apresentaram défices na fluência fonémica na fala, 16% numa série de habilidades mentais denominado funcionamento executivo, 18% apresentaram défices na velocidade de processamento cognitivo, 20% na capacidade de processar categorias ou listas, 23% na recuperação de memória e 24% na codificação da memória, entre outras anomalias. (daqui)
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