Até 2030 cerca de 39% dos professores vão reformar-se e a redução de alunos prevista pela evolução demográfica do país (15%) não é compensada pelo número de jovens a matricularem-se em licenciaturas para serem professores. Portugal precisa de contratar 34.508 na próxima década.
As conclusões surgem do Estudo de Diagnóstico de Necessidades Docentes de 2021 a 2030, encomendado pelo Governo à Nova School Business Economics.
O número de diplomados na área de formação de professores foi de 1.567 no ano passado, ou seja, muito inferior ao número de professores que são necessários anualmente segundo estas projeções: 3.425.
Este fator, alia-se à insuficiência de candidatos em concursos de colocação na grande maioria dos grupos de recrutamento.
“À medida que aumentarem as aposentações e o número de professores com reduções de horário, “a pressão” para recrutar também vai subir, refere Luís Capela Nunes, coordenador da equipa da Nova School Bussiness Economics.
Olhando para os níveis de ensino, é no pré-escolar que mais docentes vão sair da carreira. São 61% dos atuais educadores a reformarem-se na próxima década. Segue-se o 2.º ciclo (46%), o 3.º ciclo e secundário (38%) e 1.º ciclo (31%).
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, disse esta quarta-feira na apresentação da pesquisa, que as cerca de 11 mil vinculações nos quadros nos últimos seis anos contribuíram para “mitigar” a insuficiência de professores.
Por sua vez, a Secretária de Estado da Educação, Inês Ramires, afirmou que o objetivo principal do Governo é conseguir que haja estabilidade nas carreiras dos professores, de forma a tornar a profissão mais atrativa. @Sapo
Sem comentários:
Enviar um comentário