Número total de visualizações de páginas

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

cientistas desenvolvem novo teste ao sangue para detetar doença de Alzheimer mais rapidamente


Cientistas de todo o mundo desenvolveram um novo teste ao sangue que permite diagnosticar a doença de Alzheimer de forma mais rápida, sem ser preciso recorrer a punções lombares, procedimentos dolorosos, ou imagiologia do cérebro, normalmente cara.
Os responsáveis destacam que, com a aplicação deste teste, as terapias para combater a doença podem ser iniciadas mais cedo nos pacientes que sofrem da forma mais comum de demência, cujo diagnóstico, particularmente nas fases iniciais do Alzheimer.
As diretrizes atuais recomendam a deteção de três marcadores para identificar a doença: acumulação anormal de proteínas amiloides e tau, bem como neurodegenração, a perda progressiva de células neurais em regiões do cérebro. Estes indicadores podem ser apurados através de uma análise ao fluído cérebroespinal (CSF) ou por imagiologia cerebral, procedimentos que, no primeiro caso é doloroso e, no segundo, dispendioso e difícil de marcar.
“Muitos doentes, até nos EUA, não têm acesso aos exames necessários”, lamenta Thomas KariKari, professor na Universidade de Pittsburgh, um dos responsáveis pelo estudo de desenvolvimento do novo teste.
“Um teste ao sangue é mais barato, seguro e fácil de fazer. Pode aumentar a confiança clínica no diagnóstico do Alzheimer e ajudar na seleção de participantes para estudos clínicos e monitorização da doença”, continua o cientista.
Os investigadores focaram.se em desenvolver um teste de anticorpos capaz de detetar uma forma particular da proteína tau, a derivada do cérebro, que é específica da doença de Alzheimer.
Os testes foram feitos em 600 pacientes em várias fases da doença de Alzheimer, e detetou que níveis da referida proteína no sangue correspondiam a níveis altos da tau no líquido cérebroespinal, ao mesmo tempo sendo capaz de distinguir o Alzheimer de outras formas de doenças neurodegenerativas.
A investigação foi publicada no jornal científico Brain. O próximo passo será a validação do teste num âmbito mais alargado de pacientes, em particular os que sofrem de perdas de memória e outros sintomas de demência. @ Sapo

Sem comentários: