O Observatório Astronómico é um autêntico tesouro de Lisboa. O edifício do século XIX é pouco conhecido, mas o objetivo é abri-lo à sociedade para revelar as suas histórias fantásticas.
Escondido no vasto terreno da Tapada da Ajuda está o Observatório Astronómico de Lisboa. Aqui já não se fazem atividades dedicadas à astronomia, mas a história que tem para contar continua presente em todas as salas e instrumentos. O Observatório está no terreno do Instituto Superior de Agronomia, mas é tutelado pelo Museu de História Natural e da Ciência que funciona no âmbito da Universidade de Lisboa.
Foi mandado construir por D. Pedro V. Para a construção do Observatório, foi criada uma Comissão presidida por José Feliciano da Silva Costa (1797-1866) e impulsionada essencialmente por Filipe Folque (1800-1874) que encarregou, mais tarde, Frederico Augusto Oom (1830-1890) do acompanhamento da obra. Os primeiros esboços e o projeto de execução são da autoria do arquiteto francês Jean Colson que, mediante indicações da Comissão, terá tido como base de trabalho os desenhos do Observatório de Pulkova na Rússia. A obra terá sido acompanhada também pelos arquitetos José da Costa Sequeira (1800-1872) e Valentim José Corrêa (1822-1900).
A construção decorreu entre 1860 e 1878. O Observatório inclui ainda edifícios de habitação que só foram totalmente concluídos próximo da viragem do século. O Observatório Astronómico de Lisboa é o Observatório Nacional português, instituição de referência para o estabelecimento da hora legal e publicação de dados astronómicos (almanaques e astronovas). A sua importância científica e histórica, em conjunto com a sua coleção, biblioteca e arquivo, não tem par no país. Foi integrado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 1995, e desde 2012 integra o Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC). Os seus espaços, coleções, biblioteca e arquivos históricos são visitáveis a pedido. @ DN
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