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segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

nacional: metade dos adultos tem pelo menos dois problemas de saúde

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) revelou que cerca de metade da população adulta portuguesa apresenta dois ou mais problemas de saúde. A mudança de estilos de vida é fundamental para combater esta multimorbilidade excessiva.

Os dados - recolhidos junto de 891 pessoas com mais de 20 anos, escolhidas de forma aleatória e entrevistados pessoalmente - revelaram que 21,1% dos participantes manifestavam dois problemas de saúde, 12,1% apresentavam três, 7,7% tinham quatro e 8% evidenciavam cinco ou mais problemas de saúde. Ou seja, 48,9% têm pelo menos dois. Outra conclusão é que o risco de multimorbilidade aumenta 4% por cada ano de idade. As doenças que se revelaram mais frequentes foram as dores osteoarticulares ou dores musculares, hipertensão, ansiedade e colesterol elevado. Surgiram ainda casos de diabetes, problemas cardíacos, depressão, problemas gástricos, respiratórios, cardiovasculares (como AVC) e cancro.
O trabalho analisou o impacto que podem ter os estilos de vida e fatores sociodemográficos, considerados "como os principais fatores de risco e os principais modificadores das doenças não transmissíveis ou crónicas", explicou Rosália Páscoa, docente da FMUP e investigadora do CINTESIS. Os dados mostram que o tempo excessivo de exposição a ecrãs e a má qualidade de sono estão associados a um risco aumentado de sofrer de duas ou mais doenças, enquanto níveis mais baixos de stress se relacionaram com um menor número de condições crónicas.
Um estilo de vida mais saudável é, aponta Rosália Páscoa, "a primeira linha de tratamento e de prevenção para estas doenças". A investigadora sublinha o peso excessivo da multimorbilidade em Portugal. Um outro estudo realizado em 15 países europeus (no qual os dados de Portugal eram similares aos agora obtidos), apontava que o nosso país era o terceiro com maior prevalência, a seguir à República Checa e Polónia.
Estilos de vida
A análise do estilo de vida incluiu, para além da dieta, conhecer os níveis de atividade física, consumo de álcool, tabaco e drogas, mas também o sono, stress e o tempo passado em frente a ecrãs.
Consequências
As doenças crónicas são das principais causas de incapacidade, diminuição da qualidade de vida, sobrecarga dos serviços de saúde e mortalidade. @ JN

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