Há agora uma nova estirpe da Covid-19 que tem-se tornado motivo de preocupação: a CH.1.1, apelidada de ‘Orthrus’. Esta estirpe surge depois da XBB.1.5, também conhecida como ‘Kraken’, que é agora a dominante nos Estados Unidos da América (EUA), sendo responsável por um número estimado de 61% dos casos, de acordo com os dados federais de saúde. Prevê-se que a CH.1.1, uma nova subvariante da Ómicron, venha a ser uma das linhagens dominantes no Reino Unido, contabilizando-se já um elevado número de casos em todo o país. No dia 14 de janeiro, a Orthrus estava presente em 36,1% de todos os testes de Covid-19 analisados em Inglaterra, segundo os dados do Sanger Institute, um dos maiores locais de vigilância do Reino Unido que analisa as diferentes estirpes.
“A CH.1.1 está a tornar-se mais prevalecente e é uma das duas novas estirpes suscetíveis de se tornar a mais dominante no Reino Unido, de acordo com a Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA)”, revelou a médica da Asda Online Doctor Kathryn Basford acrescentando: “A outra subvariante da família Ómicron – XBB.1.5 – foi identificada como uma possível nova estirpe dominante, mas embora se tenha espalhado rapidamente nos EUA, os níveis no Reino Unido ainda são muito baixos”.
Esta estirpe apresenta uma mutação preocupante em comum com a variante Delta que pode torná-la um perigo. Embora a CH.1.1 não seja uma ‘Deltacron’ – uma combinação entre a Delta e Ómicron – é um excelente exemplo de evolução convergente, um processo através do qual as variantes do coronavírus evoluem independentemente, mas captam as mesmas mutações.
Como identificar a CH.1.1?
Conseguir identificar os sintomas pode ajudar a detetar rapidamente a Orthrus. Dor de garganta, nariz a pingar, congestionamento e tosse são alguns dos indícios de infeção, segundo o farmacêutico da Pharmacy2U Duncan Reid. “Como a variante vem de uma linhagem semelhante à Kraken e Ómicron, é provável que os sintomas iniciais sejam semelhantes aos sintomas do frio”, explicou Reid.
A perda de apetite, náuseas, dores nas costas e falta de ar, podem também fazer parte dos sintomas, assim como espirros, dores de cabeça, dores musculares e um sentido de olfacto mais fraco, como aconteceu com outras estirpes da Ómicron. “Embora deva ficar claro que nem todos os casos de náuseas ou dores nas costas estarão ligados à Covid-19 seria sensato que as pessoas estivessem conscientes destes potenciais sintomas”, advertiu o farmacêutico ao salientar: “Embora os sintomas da CH.1.1 não sejam atualmente mais graves do que os anteriores provocados pela mesma subvariante, o vírus pode ser desagradável”. “Se notar uma dor de garganta, ou sintomas semelhantes aos da gripe, então é melhor fazer um teste”, recomendou Reid acrescentando: “Certifique-se de que bebe muita água, descansa muito se contrair o vírus e toma um medicamento para aliviar a dor, se for necessário”.
O que fazer para ajudar a conter a propagação desta subvariante?
- Evitar tocar nos olhos, nariz ou boca se as mãos não estiverem limpas
- Lavar as suas mãos ou utilizar o higienizador de mãos regularmente ao longo do dia
- Assegurar-se de que tem as vacinas atualizadas
- Limitar o número de pessoas com quem se encontra e evitar lugares com multidões
- Ainda que o uso de máscara já não seja necessário, o seu uso pode ajudar a parar a propagação
- Se apresentar sintomas, evite o contacto com outras pessoas, especialmente as mais vulneráveis ao vírus. @ Sapo
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