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terça-feira, 6 de dezembro de 2022

um texto por dia: "como imaginas a terra em 2122?" (11)

O CRESCER apresenta o último texto do 10ºA, dos onze publicados no jornal PÚBLICO. Um por dia...

Um planeta com poucos espaços verdes

Tudo começou quando a população se deparou como uma mudança gigantesca no “mundo lá fora”. Está tudo diferente, o ambiente, a sociedade, as regras, as normas de segurança, tudo...

Aqui no ano de 2122, as pessoas são obrigadas a frequentar a escola desde o jardim de infância até ao 12ºano, mesmo depois de atingirem a maior idade (18 anos) e as que quiserem prosseguir até ao ensino superior, o Governo dá um apoio de cerca de 1000 euros e oferecem alojamento. Os alunos começaram a ter direito a transporte gratuito da casa para a escola e em caso de problemas físicos (dificuldade em locomoção) e psicológicos têm direito a um apoio de 1500 euros, almoço e cuidadora gratuita.

Os horários escolares são muito melhores, todos entram às 8h30 e saem às 12h30, depois voltam a entrar às 14h e saem às 17h.

A sociedade, muito mais moderna, já aceita todo o tipo de pessoas, diferentes religiões, tons de pele, orientação sexual. A violência doméstica, psicológica e sexual, tem leis adequadas para punir os seus agressores, e de proteção às vítimas. 

desenho de Marta Vidinha, aluna de 12º ano, Ermesinde

As regras mudaram completamente, todas as lojas não alimentares fecham às 19h e as restantes lojas às 23h. As normas de segurança também mudaram por completo, em todos os locais são obrigados a ter seguro de vida e de trabalho.

Em questões ambientais, o planeta tem poucos espaços verdes, pois existem muitos mais edifícios, estátuas e praças. Havendo muito poucos incêndios. Todos os veículos são completamente automáticos e elétricos, possibilitando a pessoas com alguma deficiência física, cegos e surdos conduzirem e saírem dos carros, sem precisarem de ajuda. As estradas contêm sons e sinais para essas pessoas, ajudando assim a não haver a possibilidade de acidentes e vítimas mortais nas estradas. Claro que ainda há acidentes nas vias públicas, mas não tantos como no passado.

Nos hospitais toda a população, em casos de urgência, pode comprar os medicamentos gratuitamente e, se forem medicamentos tomados diariamente, ao fim de cada mês, recebem um cupão de desconto de 100% nas farmácias.

Todas estas mudanças só aconteceram devido em 2022 ter começado uma grande guerra entre a Rússia e a Ucrânia que durou cerca de um ano e seis meses. Depois de estar tudo destruído, os países da União Europeia (apoiantes da Ucrânia) contribuíram para a sua reconstrução, conseguindo assim mudar a cabeça das pessoas e o mundo, pois algumas pessoas não tinham capacidade mental para aceitar que o que se estava a passar era muito grave.

Houve também muitas alterações climáticas que influenciaram a vida das pessoas no início, mas depois a população começou a habituar-se a estas diferenças e mudou drasticamente os seus comportamentos. Não foi um processo simples, muita gente ficou com graves problemas neurológicos, respiratórios e cardiovasculares, enchendo muitos os hospitais. Algumas pessoas com mais idade, infelizmente, não reagiram bem a estas alterações climáticas, acabando mesmo por falecer.

Com estas alterações climáticas, os glaciares começaram a derreter, fazendo com que o mar “engolisse” as costas marítimas, destruindo praias e habitações. Temos muito pouco pasto para os animais e menos campos agrícolas devido a não haver chuva suficiente para a rega e para o enchimento das barragens, o que também põe um pouco em causa a existência de água potável para o nosso consumo.

Os nossos antepassados poderiam ter evitado algumas destas “desgraças”, mas estavam um pouco focados no desenvolvimento dos países e no enriquecimento da sociedade em geral.

                                                                                                                                     Raquel Castro, 10º A

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