A chuva de meteoros Geminíadas, que acontece todos os anos em meados de dezembro e é visível em todo o mundo, em especial a partir do Hemisfério Norte, tem o seu pico esta quarta-feira, dia 14 de dezembro, pelas 13h00. No entanto, em Portugal será possível ver à mesma este espetáculo nos céus, já na madrugada desta terça para quarta-feira.
“Durante toda essa madrugada devem ver-se bastantes meteoros, não é preciso esperar pelo pico”, diz à TSF Ricardo Cardoso Reis, membro do grupo de comunicação de ciência do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, que descreve estes meteoros como “muito brilhantes” e explica que a chuva de meteoros já é visível neste momento, mas que vai aumentando de número (e de visibilidade) até ao pico, nesta quarta-feira, e depois diminui de intensidade até dia 17 de dezembro.
Um asteroide, chamado 3200 Phaethon e descoberto em 1983, é responsável pela chuva de meteoros Geminíadas, que são diferentes precisamente por serem causadas, ao contrário da maioria de outras, por um asteroide, ao invés de um cometa. A orbita do 3200 Phaethon aproxima-o do sol, a metade da distância da nossa estrela para mercúrio, e depois passa por Marte. Nesta altura, material do asteroide interseta a orbita da terra, que cruza esta precisa localização sempre em meados de novembro, pelo que se torna visível no nosso planeta a chuva de meteoros.
Como as condições meteorológicas adversas se deverão manter esta noite, a visibilidade do fenómeno pode ficar posta em causa, por isso, em vez de 150 ou 120 meteoros por hora, é expectável que sejam visíveis apenas entre 30 a 40 a cruzar os céus a cada hora.
Também nas cidades, as luzes (incluindo as de Natal) causa poluição luminosa, o que reduz ainda mais a visibilidade da chuva de meteoros. O especialista aconselha a “tentar encontrar uma parede de uma casa ou uma árvore que tape a luz direta do Sol para habituar os nossos olhos ao escuro e, desta maneira, devem conseguir ver-se mais uns quantos meteoros”. Outra forma é observar a constelação gémeos (para Este), de onde as Geminíadas parecem radiar.
As Geminíadas são visíveis a grande velocidade, entrando na atmosfera terrestre a “300 vezes a velocidade de uma bala”, segundo Ricardo Cardoso Reis, e com um brilho intenso. @ Sapo
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