Migrantes “escondem-se em espaços minúsculos, onde nunca pensaríamos em ir procurar alguém”.
Foram 11 dias empoleirados na lâmina do leme do navio petroleiro Alithini II, com bandeira maltesa, desde a cidade nigeriana de Lagos até Las Palmas, a capital da ilha Gran Canária, onde foram avistados e resgatados, ontem, pela polícia marítima espanhola.
O espaço limitado e perigoso do leme (cerca de cinco a seis metros, dependendo do tamanho da embarcação), a meio metro da linha de água e sujeito às intempéries marítimas, foi o suficiente para se agarrarem à hipótese de alcançarem a Europa. Os três jovens, de origem subsariana, de idade ainda por determinar, foram hospitalizados com desidratação e hipotermia moderada, segundo relato da agência EFE.
“Não é o primeiro caso, nem será o último. Os clandestinos nem sempre têm esta sorte”, escreveu Txema Santana no Twitter, jornalista espanhol especializado na cobertura do fenómeno migratório. Nos últimos anos, muitos optaram por esta arriscada saída, desde que a travessia do Mediterrâneo se tornou cada vez mais vigiada. @ Sapo
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