Embora a previsão seja de que no fim de semana a chuva persistente e forte acalme, o mau tempo deverá regressar em força no início da próxima semana, mantendo-se assim a probabilidade de Lisboa sofrer novamente cheias e inundações.
“O estado do tempo vai agravar-se, sobretudo na zona Centro, entre Setúbal e Leiria. O mau tempo vai continuar, nomeadamente com precipitação forte e persistente, até quinta-feira. Haverá depois uma melhoria, mas o mau tempo regressa na segunda-feira”, alertou o meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Alessandro Marraccini.
Espera-se nas próximas horas “um agravamento para certas regiões com valores extremos de precipitação”, frisou o professor de climatologia da faculdade de ciências Carlos Pires, salientando que “até ao Natal vamos esperar agravamentos do tempo”.
Este fenómeno que se relaciona com o ocorrido há uma semana, nas palavras de Carlos Pires, “é mais do mesmo, é uma espécie de comboio de tempestades que está a atravessar o Atlântico Norte”, esclareceu.
Há uma “grande instabilidade atmosférica”, expressou ao explicar que “o contraste de temperatura está especialmente intenso e, quando é muito grande, é propício a estas situações”. Enquanto se continuar a verificar, resulta neste “tipo de tempo, com depressões umas a seguir às outras, intercaladas por dois três dias de atenuação das condições meteorológicas”, referiu.
Apesar de este ser um “fenómeno normal” no inverno, devido ao contraste térmico que é maior do que no verão, “estamos na presença de um agravamento e, portanto, a instabilidade é maior”, reiterou.
Não só a capital do país se encontra sob estado de alerta como também algumas zonas dos distritos de Viana do Castelo e Braga que ficaram, na segunda-feira, sem eletricidade devido ao mau tempo. As cheias ocorreram também em vários pontos do País, nomeadamente no distrito de Coimbra, um dos mais afetados.
Há vários distritos do País em aviso laranja, entre os quais Leiria, Setúbal, Lisboa, Évora, Santarém e Portalegre, até às 18h00 de hoje, como consequência do risco de cheias e inundações provocadas pela chuva forte e persistente, tendo sido alertada a população pela Proteção Civil.
Tal como na quarta-feira passada, a chuva intensa e o vento voltaram a provocar estragos no país, registando-se mais de 500 ocorrências, a maioria no Norte, onde a precipitação intensa levou a inundações e queda de árvores.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil advertiu que “haverá um agravamento do vento com rajadas até 80 quilómetros por hora e localmente 120 quilómetros por hora na região Sul” durante esta terça-feira e relatou que a agitação marítima também se mantém forte. @ Sapo
Sem comentários:
Enviar um comentário