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terça-feira, 2 de julho de 2024

cultura: morreu Fausto, um d´"Os três Cantos"

Morreu na última noite o compositor e cantor Fausto Bordalo Dias, aos 75 anos. Assinou temas marcantes da música portuguesa como "O barco vai de saída", "Como um sonho acordado" ou "A guerra é a guerra".

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Fausto Bordalo Dias
foto de João Sena Goulão - Lusa
Fausto Bordalo Dias morreu esta noite, em sua casa, vítima de doença prolongada
", confirmou o representante da agência artística Ao Sul do Mundo, citado pela agência Lusa.

Fausto é um dos nomes maiores da música portuguesa. Gravou 12 álbuns ao longo de uma carreira iniciada no final da década de 1960

Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias nasceu a bordo do navio Pátria, durante uma viagem entre Portugal e Angola. Seria registado a 26 de novembro de 1948 em Vila Franca das Naves, Trancoso.

Aos 20 anos, já em Lisboa, Fausto concluiu a licenciatura em Ciências Políticas e Sociais no Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, atualmente ISCSP.

O primeiro EP seria editado em 1969 com o título "Fausto", trabalho que lhe valeu o Prémio Revelação pela Rádio Renascença. O derradeiro álbum de originais, intitulado "Em busca de montanhas azuis", foi lançado em 2011. 

Fausto Bordalo Dias esteve ao lado de nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, José Mário Branco ou Luís Cília. Em maio de 1974, ajudou a fundar o GAC com José Mário Branco, Afonso Dias e Tino Flores.

Em 1978, assinou com Sérgio Godinho e José Mário Branco a banda-sonora do filme “A Confederação”, de Luís Galvão Teles. E em 2009 voltou a juntar-se a Sérgio Godinho e José Mário Branco para o espetáculo “Três Cantos ao vivo”, que resultaria num álbum ao vivo.

Presidente homenageia um dos "nomes maiores" da música portuguesa

O presidente da República disse ter recebido com tristeza a notícia da morte de Fausto Bordalo Dias, “que ao longo de décadas deixou um legado musical que se confunde com a própria história de Portugal”.

Fausto pertencia a uma constelação de músicos que traduziu para as canções de intervenção o sentimento do povo português, e é por isso inevitável associar o nome de Fausto aos nomes maiores da música portuguesa, como José Afonso, José Mário Branco ou Sérgio Godinho”, lê-se numa nota publicada no site da Presidência.

Nunca falarei do Fausto no passado
Em entrevista à RTP3, o músico Carlos Alberto Moniz falou num “homem com uma cultura muito sólida”, o que torna os seus textos “tão ricos”.
Nunca falarei do Fausto no passado. O Fausto é um grande compositor, é um grande intérprete, a obra dele vai ficar para sempre, declarou. (adaptado daqui)

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