O caminho a seguir no futuro é, para muitos jovens, uma incógnita. Mesmo quando sabem que querem prosseguir estudos, a dúvida assola-os:"o que faz um...?" O CRESCER predispõe-se a dar voz a alguns colaboradores que nos podem informar sobre "o que faz um...?"
Este é a primeira colaboração com a Ana Antunes, estagiária de Criminologia da Universidade Fernando Pessoa.
O que faz um criminólogo?
Criminologia é a área de estudo do
fenómeno do crime que se debruça sobre as causas do mesmo, a vítima, a
personalidade do criminoso, assim como a reação social. Além disso, o foco da
Criminologia passa pela prevenção dos atos delituosos e pela reinserção social
do delinquente.
Não deixa de ser uma ciência empírica, uma
vez que se sustenta na observação e na recolha de provas e tem um caráter
multidisciplinar já que agrega uma série de ciências como a biologia, a
psicopatologia, a sociologia, o direito, a antropologia, entre outros.
A Criminologia não se limita, portanto, à
investigação criminal. Esta última corresponde ao conjunto de métodos, técnicas
e procedimentos que, nos termos da lei do processo penal, permitem:
·
Averiguar a existência e as circunstâncias
que rodearam a prática de um crime;
·
Identificar os respetivos autores/agentes;
·
Recolher os meios de provas que
possibilitam a sua responsabilização.
De uma forma sucinta, a investigação
procura responder às seguintes seis questões:
·
Quem?;
·
O quê?;
·
Quando?;
·
Onde?;
·
Como?;
·
Porquê?
Tendo em conta a definição de
criminologia, o profissional dessa área (o criminólogo) tem capacidade para
avaliar situações de risco e de vitimação; é, sem dúvida, uma mais valia na
análise da lei penal e processual e nas perícias de investigação criminal; é
dotado de habilidades para trabalhar com vítimas, testemunhas e agressores;
assim como para elaborar planos de prevenção da criminalidade.
Desta forma, podemos concluir que um
criminólogo pode trabalhar nas forças policiais (PSP, GNR ou PJ), nos Serviços
de Estrangeiros e Fronteiras, nos Tribunais de Justiça, nos Estabelecimentos
Prisionais, na prevenção e tratamento da toxicodependência, na assistência a
vítimas e testemunhas, em centros educativos para menores delinquentes, nas CPCJ,
no apoio a escolas e colégios, nos serviços secretos, entre muitos mais.
Ana Antunes, estagiária de Criminologia da Universidade Fernando Pessoa
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