educação: criar filhos resilientes e socialmente inteligentes

 Pais que criam filhos resilientes e socialmente inteligentes fazem estas 5 coisas, diz psicólogo.

A ambição de qualquer progenitor passa por criar crianças resilientes, confiantes e socialmente inteligentes. As crianças, especialmente adolescentes e pré-adolescentes, por vezes precisam de validação de que o que estão a pensar ou sentir é normal e correto.

Mas validar os sentimentos de um filho não significa necessariamente  tolerar ou concordar com as ações que ele toma – significa simplesmente mostrar que ouve, entende e aceita, o que pode ajudar a ensinar a rotular efetivamente as suas próprias emoções e estar mais sintonizado com os seus ambientes sociais, aumentando desta forma a inteligência emocional.

Os pais bem-sucedidos transmitem essas mensagens importantes em tempos difíceis desta forma:

1. Normalizam as experiências

As amizades ajudam as crianças a desenvolver habilidades importantes para a vida, como conviver com outras pessoas e resolver conflitos. Mas nenhuma amizade é perfeita. É importante lembrar ao seu filho que todas as amizades passam por altos e baixos. Em relacionamentos duradouros, os amigos mais íntimos inevitavelmente dececionam, irritam ou atrapalham socialmente.

2. Proporcionam conforto físico

A menos que o seu filho recue ao toque, o conforto físico pode ser mais imediato e impactante do que qualquer garantia verbal. Vários estudos encontraram benefícios do toque interpessoal. Por exemplo, ser abraçado pode baixar a pressão arterial e incutir uma sensação de cuidado e segurança.

3. Ensinam que a qualidade supera a quantidade

Os pré-adolescentes geralmente avaliam a autoestima pelo número de amigos que têm, sem realizar que a qualidade dos relacionamentos é mais importante. Um estudo apontou que os adolescentes que tinham muitos – mas mais superficiais – amigos da escola ficaram mais ansiosos quando jovens adultos.

Além disso, ao contrário do que a maioria das crianças pensa, ser popular não alivia a solidão. A popularidade é inerentemente instável e, portanto, difícil de manter. Garanta ao seu filho que não precisa de centenas de amigos, nas redes sociais ou na vida real. Alguns serão suficientes, desde que sejam leais, confiáveis e solidários.

4. Concentram-se nos aspetos positivos

Muitas vezes há crianças que preferem insistir numa deceção social, que naquele momento parece maior e mais urgente do que todos os aspetos positivos das suas vidas. Mostrar empatia com a angústia de seu filho é importante, mas reorientar a atenção para os seus triunfos e prazeres mais recentes permite que ele aprecie o panorama mais alargado.

5. Dão esperança

Diga ao seu filho que, embora esteja a passar por um momento difícil agora, isso não vai durar para sempre, as coisas vão melhorar – isto não é um lugar-comum. As situações sociais vão mudar porque as crianças vão mudar. Só precisam de ser pacientes enquanto eles e os pares amadurecem, o que leva o seu tempo. Mas, por enquanto, o que podem controlar é a forma como agem em situações socialmente desafiadoras. @ Sapo                                                

cortesia do envio de Constância Silva, docente colaboradora do CRESCER